E antes que vá para 2009 tenho de deixar aqui escrito que não me sinto particularmente ligada à história de Twilight.
Sim, eu adorei o filme, o livro já me deixa pregada às páginas e não me importava nada de viver uma história assim, mas....não me parece real!
No último dia do ano começo a distinguir quase perfeitamente o que é realidade e o que é sonho. Às tantas caiu-me uma lente dos meus óculos cor-de-rosa, e neste momento sinto-me capaz de pensar que o amor é muito lindo, mas só corre bem na literatura, no cinema e no teatro.
Quanto a 2009 o meu maior desejo é que este seja um ano em grande, um ano de mudança, um ano de um maior crescimento. Assim sendo, desejo um bom ano àqueles que estiveram ao meu lado durante 2008 inteiro: a elas que me olham nos olhos e sabem o que tenho; à minha família; a ele que me inspira a escrever novos contos; a ele que me deu e me deixou conhecer a parte [não]anónima da sua vida; àqueles que me cativaram para o teatro; e a eles, os meus amigos todos: aqueles que conheci este ano; os que estiveram sempre presentes; aqueles que reencontrei e aqueles que, por vezes, me entristecem (esses também merecem).
O ano de 2008 foi um ano diferente, cresci, alarguei fronteiras, criei o meu querido blog, chorei, ri, partilhei e sonhei.
Que 2009 seja tudo isso e muito mais!
Um beijinho a todos!
Vemo-nos em 2009! =D
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
As Melhores Maneiras de Terminar um Ano
1. Fazer um corte de cabelo;
2. Ir ao cinema ver Twilight e comprar o livro;
3. Estar com quem gostamos!
Hoje, contente comigo e confiante que eu tenho mesmo que mudar alguns aspectos da minha vida [nada] simplória...Fui cortar o cabelo! No Verão, para acabar com os meus caracóis já tinha cortado o cabelo assim, mas parece-me que desta vez a minha querida cabeleireira levou a palavra 'corte' um bocado a sério...
Segundo ponto: À falta de um amor real na minha vida ( e também porque não existem romances assim) fui ver Twilight e, escusado será dizer que eu, a A. e a S. saímos de lá arrebatadíssimas e com vontade de ler o livro ali mesmo. Saímos da sala de cinema a murmurar frases, a discutir pormenores e lembrar as cenas que nos fizeram dançar com as carteiras. E recordamos a nossa corrida para a sala de cinema, porque correr nem sempre é um sacrifício! =P
2. Ir ao cinema ver Twilight e comprar o livro;
3. Estar com quem gostamos!
Hoje, contente comigo e confiante que eu tenho mesmo que mudar alguns aspectos da minha vida [nada] simplória...Fui cortar o cabelo! No Verão, para acabar com os meus caracóis já tinha cortado o cabelo assim, mas parece-me que desta vez a minha querida cabeleireira levou a palavra 'corte' um bocado a sério...
Segundo ponto: À falta de um amor real na minha vida ( e também porque não existem romances assim) fui ver Twilight e, escusado será dizer que eu, a A. e a S. saímos de lá arrebatadíssimas e com vontade de ler o livro ali mesmo. Saímos da sala de cinema a murmurar frases, a discutir pormenores e lembrar as cenas que nos fizeram dançar com as carteiras. E recordamos a nossa corrida para a sala de cinema, porque correr nem sempre é um sacrifício! =P
And so the lion fell in love with the lamb (*).
And we fell in love with a history.
And we fell in love with a history.
Apesar de um querido elemento não ter estado presente, a verdade é que dias de férias (que não são bem férias) são sempre melhor passados com quem gostamos. E eu adorei gargalhar, falar sério, cuscar e sonhar em conjunto com as minhas queridas S. e A. !
Se 2008 nos juntou e nos fez irmãs...que 2009 nos una mais que nunca! =D
PS: Só para desejar um ÓPTIMO 2009 em que todos os sonhos se concretizem e que cheguemos todos mais alto! :D
(*) Robert Pattinson's lines.
Se 2008 nos juntou e nos fez irmãs...que 2009 nos una mais que nunca! =D
PS: Só para desejar um ÓPTIMO 2009 em que todos os sonhos se concretizem e que cheguemos todos mais alto! :D
(*) Robert Pattinson's lines.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Eu não falei da Beatriz e sinto-me culpada
E todos perguntam:mas qual Beatriz???
Caríssimos leitores, eu pessoa extremamente letrada (e vocês nem imaginam o quanto) fui assistir, há coisa de duas semanas, à peça "De Homem para Homem". Contudo, a azáfama tem sido tanta que acabei por não conseguir escrever a minha opinião.
Ora portanto a Beatriz ali de cima é a Beatriz Batarda, a actriz mais fenomenal que alguma vez vi em palco!
Num parágrafo só, isto porque a memória acabou por apagar alguns pormenores, quero apenas dizer que o que era para ser um monólogo...não o foi! Acabei por ser envolvida naquela atmosfera que reportava à evolução de um Alemanha através do tempo e a própria actriz, numa sucessão de vozes e movimentos, fazia correr a nossa imaginação... E nessa, ela não estava sozinha em palco! O que se veio a comprovar no fim quando um coelho apareceu para actuar.
Para quem me está a ler e como não quero que fique perdido, o plot da acção revolve na história de uma mulher que se vê viúva e se decide passar pelo marido. E foi assim que inúmeras peripécias criaram uma peça fantástica, em que tanto nos entristecíamos ,como nos ríamos. Até a própria Beatriz Batarda parava por momentos para se rir. (é que houve momentos que ainda hoje acredito terem sido proporcionados por um fantástico improviso que fez com que se soltassem gargalhadas).
A noite apenas acabou com um morcego (com semelhanças a um Christian Bale portuense e teatral) e que não costuma dar (oxalá o Bale dê...).
E não é que acabei por falar em morcegos?
E agora que falei já me sinto melhor! =P
Deixo aqui uma citação que muito me fez pensar na aula de Inglês do Sábado seguinte às ricas 8h30 da manhã:
Caríssimos leitores, eu pessoa extremamente letrada (e vocês nem imaginam o quanto) fui assistir, há coisa de duas semanas, à peça "De Homem para Homem". Contudo, a azáfama tem sido tanta que acabei por não conseguir escrever a minha opinião.
Ora portanto a Beatriz ali de cima é a Beatriz Batarda, a actriz mais fenomenal que alguma vez vi em palco!
Num parágrafo só, isto porque a memória acabou por apagar alguns pormenores, quero apenas dizer que o que era para ser um monólogo...não o foi! Acabei por ser envolvida naquela atmosfera que reportava à evolução de um Alemanha através do tempo e a própria actriz, numa sucessão de vozes e movimentos, fazia correr a nossa imaginação... E nessa, ela não estava sozinha em palco! O que se veio a comprovar no fim quando um coelho apareceu para actuar.
Para quem me está a ler e como não quero que fique perdido, o plot da acção revolve na história de uma mulher que se vê viúva e se decide passar pelo marido. E foi assim que inúmeras peripécias criaram uma peça fantástica, em que tanto nos entristecíamos ,como nos ríamos. Até a própria Beatriz Batarda parava por momentos para se rir. (é que houve momentos que ainda hoje acredito terem sido proporcionados por um fantástico improviso que fez com que se soltassem gargalhadas).
A noite apenas acabou com um morcego (com semelhanças a um Christian Bale portuense e teatral) e que não costuma dar (oxalá o Bale dê...).
E não é que acabei por falar em morcegos?
E agora que falei já me sinto melhor! =P
Deixo aqui uma citação que muito me fez pensar na aula de Inglês do Sábado seguinte às ricas 8h30 da manhã:
" (...) O teatro é uma arte política. (...) O teatro é uma espaço de encontro onde os cidadãos são confrontados com os seus medos e os seus sonhos. É um espelho que nos põe em questão, que nos proporciona um momento mágico e lúdico onde podemos reflectir sobre a nossa condição humana através da imaginação. O teatro tenta ajudar-nos a pensar com o coração nas mãos e a vencer as nossas ansiedades, para que possamos recuperar a confiança na nossa capacidade de construir um sonho. "
Carlos Aladro e Beatriz Batarda
É que, resumidamente, eu vivo estas palavras.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Às vezes dá-me para isto...
...de me lembrar das parvoíces que fazia quando era mais miúda(*) e uma delas era...comprar as revistas que nos prometiam mundos e fundos para sonhos que nunca viriam a ser concretizados!
Todas as semanas eu comprava a Bravo ou a Super Pop (era conforme a semana de edição das revistas) somente pelo que trazia na capa. É que nem era pelo flamejado brinde que ia desde anéis a canetas ou agendas, era mesmo pelas entrevistas e, claro está, pelos posters.
Naquela época, quem estava na berra (para mim, claro) eram os Anjos, os Blue e os Westlife! Tudo o que os envolvesse...eu ainda tenho. Não sei onde, mas os recortes devem estar aqui por casa.
Tenho posters ao montes desses três, que também devem estar guardados por aqui e de cada vez que os encontro ganho uma determinada doçura ao olhá-los, porque me lembram uma época onde nada do que me preocupa agora me preocupava e tinha largos sonhos em que os conhecia a todos.
Depois disto, aliado também à minha fase de super aficionada do futebol (onde o Hélder Postiga me fazia feliz xD) que foi marcada pelo imensos recortes de jornais....Cresci!
Cresci, mas... Escusado será dizer qual será a minha maior afecção nos dias que correm! =P
Tudo isto para dizer que ontem a conversar com a S. chegamos à conclusão que as Bravos, as Super Pops e as 100% Jovens já nos passam ao lado. Hoje em dia o tema principal são miúdos de cabelo espetado que não cantam, arranham as músicas e, mesmo que nos chame o olho com Sobrenaturais ou Prison Breaks, as rubricas 'Descobre a 1ª vez dele' ou 'Os desejos dos manos Winchester' já não nos dizem nada.
Crescemos.
(*) porque eu ainda faço parvoíces hoje em dia.
Todas as semanas eu comprava a Bravo ou a Super Pop (era conforme a semana de edição das revistas) somente pelo que trazia na capa. É que nem era pelo flamejado brinde que ia desde anéis a canetas ou agendas, era mesmo pelas entrevistas e, claro está, pelos posters.
Naquela época, quem estava na berra (para mim, claro) eram os Anjos, os Blue e os Westlife! Tudo o que os envolvesse...eu ainda tenho. Não sei onde, mas os recortes devem estar aqui por casa.
Tenho posters ao montes desses três, que também devem estar guardados por aqui e de cada vez que os encontro ganho uma determinada doçura ao olhá-los, porque me lembram uma época onde nada do que me preocupa agora me preocupava e tinha largos sonhos em que os conhecia a todos.
Depois disto, aliado também à minha fase de super aficionada do futebol (onde o Hélder Postiga me fazia feliz xD) que foi marcada pelo imensos recortes de jornais....Cresci!
Cresci, mas... Escusado será dizer qual será a minha maior afecção nos dias que correm! =P
Tudo isto para dizer que ontem a conversar com a S. chegamos à conclusão que as Bravos, as Super Pops e as 100% Jovens já nos passam ao lado. Hoje em dia o tema principal são miúdos de cabelo espetado que não cantam, arranham as músicas e, mesmo que nos chame o olho com Sobrenaturais ou Prison Breaks, as rubricas 'Descobre a 1ª vez dele' ou 'Os desejos dos manos Winchester' já não nos dizem nada.
Crescemos.
(*) porque eu ainda faço parvoíces hoje em dia.
E na semana de Natal...
sábado, 27 de dezembro de 2008
Momentos OMG #9
No dia de Natal eu tenho uma pequena tradição: jogar Monopólio na tarde de dia 25 com as minhas primas e o meu irmão! :)
Aparentemente tenho mais sorte no jogo do que ao amor e acabei por ser a grande vencedora deste ano, mas como não se deram por vencidos decidimos jogar Trivial Pursuit e é aqui que surge o momento:
S: Qual a cantora à qual pertence a canção 'True Colors'?
P: Hmm, não sei, dá-me uma pista, por favor!
S: Começa por 'C...' .
P: Gwen Stefani?
:'D
Aparentemente tenho mais sorte no jogo do que ao amor e acabei por ser a grande vencedora deste ano, mas como não se deram por vencidos decidimos jogar Trivial Pursuit e é aqui que surge o momento:
S: Qual a cantora à qual pertence a canção 'True Colors'?
P: Hmm, não sei, dá-me uma pista, por favor!
S: Começa por 'C...' .
P: Gwen Stefani?
:'D
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Dias de Luta, Dias de Glória (*)
" Na minha vida tudo acontece
Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce
Hoje estou feliz porque sonhei com você
E amanhã posso chorar por não poder te ver
Mas o seu sorriso vale mais que um diamante
Se você vier comigo aí nós vamos adiante
Com a cabeça erguida,e mantendo a fé em Deus
O seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu
A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo
E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção eu vou que vou!
Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer PERFEITO " (**)
Feliz Natal e um Óptimo Ano Novo!
* Charlie Brown Jr.
** Na letra original é 'muito bem feito', mas eu gosto de dar o meu toque. ;)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Momentos OMG #8
Cenário: Rua de Santa Catarina, em pleno Natal, uma multidão.
Personagens: V. e Cathy Oh.
V.: " Mana, onde estamos? Tem Zara por aqui? Ah! Tá ali uma Zara para homem! "
Cathy Oh: " Não V. Ali é uma Zara Home, não uma Zara para Hóme! "
xD
Personagens: V. e Cathy Oh.
V.: " Mana, onde estamos? Tem Zara por aqui? Ah! Tá ali uma Zara para homem! "
Cathy Oh: " Não V. Ali é uma Zara Home, não uma Zara para Hóme! "
xD
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
E o post nº 150 é sobre...
O NATAL! :D
Este mês de Dezembro foi algo diferente dos outros anos: ninguém quis/quer 'natalar'!
Também eu sofri deste síndrome, mas aos poucos fui entrando no espírito - cantando umas musiquitas 'nataleiras', assobiando umas melodias, comprando umas prendinhas (sim, eu sou um bocadinho consumista nesta época) e agora que está pertinho...quero aproveitar todos os momentos! =)
É das melhores alturas do ano: jantar na casa da minha avó, numa sala cheia de gente que fala ao mesmo tempo; numa casa onde as crianças correm, brincam e onde se comem umas belas sobremesas (sim, as rabanadas da minha avó são AS MELHORES!). As prendas...essas são uma adição à noite.
Feliz Natal para todos os que me lêm e para todos os que estão comigo! =)
Já agora passem aqui (também é um dos meus recantos) e votem! O Pai Natal recusa-se a dar prendas a que não o fizer! (Boa, D.! :D )
Para acabar este post em beleza tenho de dar os meus Parabéns e um xi muito apertado à minha querida E. por ter conquistado um dos seus muitos sonhos!
Que a vida te reserve muitos mais e que os conquistes com a mesma garra! Gosto muito de ti! :)
Este mês de Dezembro foi algo diferente dos outros anos: ninguém quis/quer 'natalar'!
Também eu sofri deste síndrome, mas aos poucos fui entrando no espírito - cantando umas musiquitas 'nataleiras', assobiando umas melodias, comprando umas prendinhas (sim, eu sou um bocadinho consumista nesta época) e agora que está pertinho...quero aproveitar todos os momentos! =)
É das melhores alturas do ano: jantar na casa da minha avó, numa sala cheia de gente que fala ao mesmo tempo; numa casa onde as crianças correm, brincam e onde se comem umas belas sobremesas (sim, as rabanadas da minha avó são AS MELHORES!). As prendas...essas são uma adição à noite.
Feliz Natal para todos os que me lêm e para todos os que estão comigo! =)
Já agora passem aqui (também é um dos meus recantos) e votem! O Pai Natal recusa-se a dar prendas a que não o fizer! (Boa, D.! :D )
Para acabar este post em beleza tenho de dar os meus Parabéns e um xi muito apertado à minha querida E. por ter conquistado um dos seus muitos sonhos!
Que a vida te reserve muitos mais e que os conquistes com a mesma garra! Gosto muito de ti! :)
Devaneios de uma rapariga à beira de um ataque de nervos
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
Só a mim, S.
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
Eu só queria paz, um amor calminho, uma cabana e alguma estabilidade.
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
São os meus desejos para 2009.
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
xD
§ .- ^ diz:
Ai isso eu também queria..
E quem não quer?
Mas na vida nada nos é dado de mão beijada e não vale a pena ficar sentado à espera que o destino se encarregue de nos organizar a vida, mas ir à luta...também custa. Às vezes até pagamos em lágrimas, em tristeza, em querer ficar em casa e não ver ninguém.
Outras vezes até encaramos a vida com facilidade, mas o sabor amargo da derrota fica na boca.
Ernest Hemingway escrevia que viver era 'conquistar vitórias na derrota': então se é assim, sabendo que um dia algo nos vai derrotar, porque não aproveitamos por completo todas as vitórias que nos dão? Porque razão enfatizamos tanto a derrota - aquilo que queremos, sonhamos, mas que nunca obtemos?
O problema é ter alma de portuguesa mas um pouco de sentimentos universais. O problema é ser jovem e sonhadora. O problema é elevar tudo para lá das nuvens e cair.
O problema é não aprender à primeira.
O problema não é a ambição. É ver no cinema, é ler, é divagar.
O problema é o ser-[-se]humano.
Só a mim, S.
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
Eu só queria paz, um amor calminho, uma cabana e alguma estabilidade.
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
São os meus desejos para 2009.
Lil' Kiki - I cannot wake up in the morning without you on my mind diz:
xD
§ .- ^ diz:
Ai isso eu também queria..
E quem não quer?
Mas na vida nada nos é dado de mão beijada e não vale a pena ficar sentado à espera que o destino se encarregue de nos organizar a vida, mas ir à luta...também custa. Às vezes até pagamos em lágrimas, em tristeza, em querer ficar em casa e não ver ninguém.
Outras vezes até encaramos a vida com facilidade, mas o sabor amargo da derrota fica na boca.
Ernest Hemingway escrevia que viver era 'conquistar vitórias na derrota': então se é assim, sabendo que um dia algo nos vai derrotar, porque não aproveitamos por completo todas as vitórias que nos dão? Porque razão enfatizamos tanto a derrota - aquilo que queremos, sonhamos, mas que nunca obtemos?
O problema é ter alma de portuguesa mas um pouco de sentimentos universais. O problema é ser jovem e sonhadora. O problema é elevar tudo para lá das nuvens e cair.
O problema é não aprender à primeira.
O problema não é a ambição. É ver no cinema, é ler, é divagar.
O problema é o ser-[-se]humano.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Há surpresas que sabem tão bem!
Andava eu a queixar-me que ainda não tinha recebido nenhum postal a desejar Boas Festas e eis que hoje chego a casa e tenho um envelope na minha secretária.
O postal mais fofo, com a imagem mais querida, com a citação mais brilhante que me poderiam ter mandado para desejar Bom Natal.
:)
O postal mais fofo, com a imagem mais querida, com a citação mais brilhante que me poderiam ter mandado para desejar Bom Natal.
:)
" Diz-me onde nasce a ilusão,
Na mente ou no coração?
Qual seu leite, qual seu pão?
E mais, e mais?"
Shakespeare
E em meados de Fevereiro de 2009 , mês onde aqui o meu cantinho preferido da blogosfera faz um aninho, eis que se vai dar uma acontecimento que me vai...arrebatar. De novo.
Na mente ou no coração?
Qual seu leite, qual seu pão?
E mais, e mais?"
Shakespeare
E em meados de Fevereiro de 2009 , mês onde aqui o meu cantinho preferido da blogosfera faz um aninho, eis que se vai dar uma acontecimento que me vai...arrebatar. De novo.
Diz que disse.
Detesto que digam que sou autobiográfica quando não o sou.
Se apenas conheço e tenho a acesso aos meus pensamentos e às minhas emoções porque é que palmilharei uma vida numa busca incessante pelos outros?
Crio vida através de mim e essa ergue-se, cresce e unifica-se. Certo é, que há sempre uma margem de manobra onde eu posso estar errada e projectar-me em papel talvez não seja bom.
Mas não sou autobiográfica!
[É errado criar laços estreitos com o que escrevo?]
Na verdade, o problema é que ainda não conheço o mundo onde vivo. Crio o meu próprio mundo e na maior parte das vezes isso condiciona maior parte dos meus ideais.
Sou personagem da minha própria peça de teatro.
[e isso não me podem negar.]
Se apenas conheço e tenho a acesso aos meus pensamentos e às minhas emoções porque é que palmilharei uma vida numa busca incessante pelos outros?
Crio vida através de mim e essa ergue-se, cresce e unifica-se. Certo é, que há sempre uma margem de manobra onde eu posso estar errada e projectar-me em papel talvez não seja bom.
Mas não sou autobiográfica!
[É errado criar laços estreitos com o que escrevo?]
Na verdade, o problema é que ainda não conheço o mundo onde vivo. Crio o meu próprio mundo e na maior parte das vezes isso condiciona maior parte dos meus ideais.
Sou personagem da minha própria peça de teatro.
[e isso não me podem negar.]
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
My Blueberry Nights
Já uma vez tinha aqui falado neste filme e tudo por causa de uma imagem. Pois bem, este fim-de-semana foi tempo de o alugar e ver com bons olhos.
Acontece que gostei e gostei muito!
Tendo como temática central as relações intra pessoais, o 'plot' do filme passa por vários exemplos de relações que cessaram, mas não completamente. Há sempre uma chave que as abre, mesmo que o conteúdo atrás da porta não seja o mesmo. A 'chave' tem um papel fundamental como sendo aqui um objecto que condiciona a nossa vida, um objecto que guarda sempre uma história sobre quem as possui, um objecto que representa uma mudança, um virar de página conforme se abre a porta.
E gostei, gostei da blueberry pie e de todo aquele desencontro entre Jones e Law; de toda aquela partida frente ao desconhecido onde se acaba por descobrir que todos nós temos uma coisa em comum: não nos conseguimos despedir de ninguém sem o qual não conseguimos viver.
Merece, mais uma vez, lugar de destaque:
(*) My Blueberry Nights, Elizabeth's (Norah Jones) last lines.
Acontece que gostei e gostei muito!
Tendo como temática central as relações intra pessoais, o 'plot' do filme passa por vários exemplos de relações que cessaram, mas não completamente. Há sempre uma chave que as abre, mesmo que o conteúdo atrás da porta não seja o mesmo. A 'chave' tem um papel fundamental como sendo aqui um objecto que condiciona a nossa vida, um objecto que guarda sempre uma história sobre quem as possui, um objecto que representa uma mudança, um virar de página conforme se abre a porta.
E gostei, gostei da blueberry pie e de todo aquele desencontro entre Jones e Law; de toda aquela partida frente ao desconhecido onde se acaba por descobrir que todos nós temos uma coisa em comum: não nos conseguimos despedir de ninguém sem o qual não conseguimos viver.
Merece, mais uma vez, lugar de destaque:
It wasn't so hard to cross that street after all, it all depends on who's waiting for you on the other side.(*)
(*) My Blueberry Nights, Elizabeth's (Norah Jones) last lines.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Uma questão Nominal
No outro dia cruzei-me com a minha vizinha que estava a passear o seu cãozinho chamado...Fehér! Foi neste momento que me apercebi que eu não vou muito 'à bola' com estas coisas, ou seja, dar nomes de pessoas a animaizinhos.
Tudo bem que as pessoas tratam os animais como sendo humanos e não duvido da inteligência nem das capacidades dos bichos, mas para mim dar um nome de pessoa a um animal não é coisa que se faça.
Existem nomes para animais e é bem mais original arranjar-lhe um nome único! Em tempos tive uma amiga cujo cão se chamava Herman e também temos o exemplo do Castelo Branco com o 'seu' Óscar. Não consigo conceber esta ideia muito bem.
Olhando para mim, eu tenho três cães: o Kiko, o Snoopy e o Joli; tenho um papagaio chamado Louro; uma tartaruga já aqui apresentada chamada Gigi e os meus peixinhos Capitão Iglo e o Pratinhas (o Douradinho...afogou-se). Conheci em tempo um cão chamado Pinóquio que mancava da patinha e era irmão da cadela da minha avó,a Kika!
E acho estes nomes do mais fofo que existe no vocabulário!
Posso não ser o melhor dos exemplos, mas também espero não irritar ninguém com este post, mas chamar Eusébio e Amália a lontras também não é muito aceitável.
Tenho para mim que esta aversão a dar nomes de pessoas a animais começou quando eu chamei 'Carlos' a um coelho da minha avó e afinal...era uma 'Carla' que tempos depois foi parar ao prato.
[estou muito sanguinária hoje.]
[lembrei-me agora que a minha vontade era ter uma lagartixa e chamar-lhe Lisandro!]
Tudo bem que as pessoas tratam os animais como sendo humanos e não duvido da inteligência nem das capacidades dos bichos, mas para mim dar um nome de pessoa a um animal não é coisa que se faça.
Existem nomes para animais e é bem mais original arranjar-lhe um nome único! Em tempos tive uma amiga cujo cão se chamava Herman e também temos o exemplo do Castelo Branco com o 'seu' Óscar. Não consigo conceber esta ideia muito bem.
Olhando para mim, eu tenho três cães: o Kiko, o Snoopy e o Joli; tenho um papagaio chamado Louro; uma tartaruga já aqui apresentada chamada Gigi e os meus peixinhos Capitão Iglo e o Pratinhas (o Douradinho...afogou-se). Conheci em tempo um cão chamado Pinóquio que mancava da patinha e era irmão da cadela da minha avó,a Kika!
E acho estes nomes do mais fofo que existe no vocabulário!
Posso não ser o melhor dos exemplos, mas também espero não irritar ninguém com este post, mas chamar Eusébio e Amália a lontras também não é muito aceitável.
Tenho para mim que esta aversão a dar nomes de pessoas a animais começou quando eu chamei 'Carlos' a um coelho da minha avó e afinal...era uma 'Carla' que tempos depois foi parar ao prato.
[estou muito sanguinária hoje.]
[lembrei-me agora que a minha vontade era ter uma lagartixa e chamar-lhe Lisandro!]
Momentos OMG #7
Estamos perto do Natal e, como tal, as conversas sobre prendas surgem mais frequentemente. Eis a última conversa com a minha prima S. de 9 anos:
Eu: 'Ah.. Então se queres isso, pede ao Pai Natal!'
S: 'Ei! Tu acreditas nisso??'
Eu: 'Claro! Eu tenho uma criança dentro de mim.'
S: 'Oh Kiki, tu estás grávida??'.
[ESCLARECIMENTO: Eu não estou grávida, vamos lá ver, a miúda é que não percebeu que eu estava a falar do estado de espírito.] xD
Eu: 'Ah.. Então se queres isso, pede ao Pai Natal!'
S: 'Ei! Tu acreditas nisso??'
Eu: 'Claro! Eu tenho uma criança dentro de mim.'
S: 'Oh Kiki, tu estás grávida??'.
[ESCLARECIMENTO: Eu não estou grávida, vamos lá ver, a miúda é que não percebeu que eu estava a falar do estado de espírito.] xD
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Ser Diferente
Hoje queria ser diferente e tentar escrever sem falar no amor, em paixões e coisas que tais. Queria ter a liberdade para conseguir escrever algo de menos importante para mim ou algo que se passou, sei lá!
Mas tu não deixas, eu não consigo e esta impotência arrasa comigo.
Hoje apetecia-me ser diferente, mas quando peguei no lápis para escrever, escrevi as mesmas palavras, as mesmas que correspondiam aos mesmos sonhos e às mesmas vontades.
Hoje eu quis ser diferente para te poder olhar com outros olhos, mas não consegui, porque tu me magnetizas e eu fico perdida sem perceber o porquê.
És diferente e não estás ao alcance da minha mão.
Talvez seja por isso que eu deseje tão veementemente ser diferente.
Mas tu não deixas, eu não consigo e esta impotência arrasa comigo.
Hoje apetecia-me ser diferente, mas quando peguei no lápis para escrever, escrevi as mesmas palavras, as mesmas que correspondiam aos mesmos sonhos e às mesmas vontades.
Hoje eu quis ser diferente para te poder olhar com outros olhos, mas não consegui, porque tu me magnetizas e eu fico perdida sem perceber o porquê.
És diferente e não estás ao alcance da minha mão.
Talvez seja por isso que eu deseje tão veementemente ser diferente.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
.
Tenho a dizer que neste momento o meu coração está a bater a mil à hora, tenho dificuldades em engolir e muitas borboletas a borboletear pelo meu estômago.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
E tu, do que é que sentes Saudade?
Vontades do Coração
Não podia ter encontrado título mais lamechas, mas hoje acordei com uma vontade irremediavelmente irremediável de ver:
E seguir logo depois para o:
Como não os tenho aqui na minha estante e o blockbuster está fechado, estou para a aqui a ouvir a banda sonora!
Oh, para além de me sentir estranha, a verdade é que ando um bocadinho lamechas. Mais romântica do que o habitual, vá.
E isto faz mal...muito mal.
E seguir logo depois para o:
Como não os tenho aqui na minha estante e o blockbuster está fechado, estou para a aqui a ouvir a banda sonora!
Oh, para além de me sentir estranha, a verdade é que ando um bocadinho lamechas. Mais romântica do que o habitual, vá.
E isto faz mal...muito mal.
Momentos OMG #6
Mais uma prova de que 'quem sai aos seus não degenera':
Estava na sala com o meu irmão P. (12 anos) e o meu primo N. (4 anos) e o meu irmão pergunta:
"Oh Catarina, já provaste cheesecake?"
E o meu primo, que adora copiar o meu irmão, repete:
"Oh Catawína, tu já lambeste um skate?"
:D
E eu ri-me a bandeiras despregadas (como eu adoro esta expressão!).
Estava na sala com o meu irmão P. (12 anos) e o meu primo N. (4 anos) e o meu irmão pergunta:
"Oh Catarina, já provaste cheesecake?"
E o meu primo, que adora copiar o meu irmão, repete:
"Oh Catawína, tu já lambeste um skate?"
:D
E eu ri-me a bandeiras despregadas (como eu adoro esta expressão!).
domingo, 7 de dezembro de 2008
Ataque Moderado (ou não) de Estupidez
Eu devo andar estúpida, é que só pode!
Como é que é possível estarmos em Dezembro e ainda não me cheirar a Natal?
E PIOR: nem ter vontade de montar a árvore de Natal?
Eu devo ter sido mordida pelo Grinch em qualquer sonho... Por favor Bichinho Natalício morde-me a ver se me contamino com musiquinhas de Natal e vontade de andar por aí a espalhar prendas!(*)
(*) esta frase não soa muito bem, pois não? Bite me..hahaha
Como é que é possível estarmos em Dezembro e ainda não me cheirar a Natal?
E PIOR: nem ter vontade de montar a árvore de Natal?
Eu devo ter sido mordida pelo Grinch em qualquer sonho... Por favor Bichinho Natalício morde-me a ver se me contamino com musiquinhas de Natal e vontade de andar por aí a espalhar prendas!(*)
(*) esta frase não soa muito bem, pois não? Bite me..hahaha
sábado, 6 de dezembro de 2008
Ceguei, Vi e Purifiquei
Nas duas últimas semanas submeti o meu dormente ser a duas provas de fogo: ver o O Ensaio Sobre a Cegueira e o Purificados de Sarah Kane.
Vamos por partes:
O ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
Vai parecer um cliché mas a verdade é que adorei o filme. É de uma crueza e realidade indescritíveis: tenho 97,5% de certezas de que se uma epidemia deste género se começasse a alastrar pelo mundo, que o que se passa no filme ia de facto acontecer. O facto das personagens serem anónimas só nos facilita uma identificação, a encontrar pontos em comum que nos façam pensar 'eu podia ser assim.' Não só- é o facto da estupidez humana estar tão presente que nos desassossega e leva a pensar que existem pessoas assim algures (damn you[!!] Gael García Bernal, que tens um papel...).
Sofri, roí-me toda, vi partes do filme com o casaco a tapar os olhos porque não sabia se ia aguentar e no fim...sorri com as lágrimas nos olhos. Foram as celebrações altruístas (tantas que já vi, tantas das quais já fiz parte), foi o amor que se revelou, foi a chuva como chave de purificação que me fizeram aperceber que neste mundo andamos todos cegos: só vemos o que nos é posto à frente dos olhos (muitas vezes nem isso) e nunca olhamos em redor, não exploramos, não queremos saber mais - ou esquecemos o que está para trás ou vemos [tentamos ver] muito à frente.
Em terra de cegos quem tem olho é rei. Ela teve tudo para ser a rainha mas a pior dúvida possível ficou nela plantada.
Ninguém assistiu ao que ela gravou na memória: será que se esquecerão que um dia cegaram? Será que dá para cegar a memória?
Terá sido a cegueira um acto de Purificação? [já lá vamos]
Na semana passada...fui a MADAGÁSCAR! Fui DAMA, COISINHA PORCALHOTA e após rir até doer os maxilares, cheguei à conclusão que (para além do meu riso ser igualzinho ao da Glória) que onde quer que estejamos, não interessa o lugar desde que os teus amigos estejam lá contigo.
E chegamos ao dia de ontem:
PURIFICADOS
O meu primeiro pensamento após ter visto 30 minutos da peça foi: 'Catarina, tu mentaliza-te que o mundo em que vives já não é cor-de-rosa e esta peça é a prova viva disso mesmo.'
Já estava mais ou menos a par do trabalho da Sarah Kane, mas esta peça foi sem dúvida a epítome de toda a crueldade, frieza e [ir]realidade à qual possa alguma vez ter estado exposta na minha vida.
O monólogo inicial arrebatou-me: rendi-me aquela espécie de descrição de amor em que tanto vi o meu brilho dos olhos a replandecer em cada frase. Contudo, fiquei com imagens 'cruas' gravadas na mente: a peça tem um tom bastante intenso e não conseguimos escapar do ambiente sorumbático que nos impõe. Apesar de quando em vez sermos capazes de sorrir, eu quedei-me ao som dos gritos de dor que ecoavam e entoavam em mim. Adorei cada minuto da representação, cada pormenor que fazia com que a nossa imaginação possuisse naquela altura um certo 'overflow' de imagens ou de criação destas.
E ver aquela areia/cinza dourada cair em palco...foi um dos pormenores que mais me fascinou! Foi a passividade com que caía, o que levava a imaginar, a ouvir e a recriar...
E se a Cegueira foi um acto de purificação, aqui o acto de purificar era abrir os olhos e tentar escapar da realidade, porque fechá-los...Fechá-los era sucumbir ao mundo que nos apertava o respirar, que nos sorvia o fôlego.
Fenomenal.
[Eu cá continuo a digerir todos este factores que me mudaram tanto em duas semanas.]
Vamos por partes:
O ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
Vai parecer um cliché mas a verdade é que adorei o filme. É de uma crueza e realidade indescritíveis: tenho 97,5% de certezas de que se uma epidemia deste género se começasse a alastrar pelo mundo, que o que se passa no filme ia de facto acontecer. O facto das personagens serem anónimas só nos facilita uma identificação, a encontrar pontos em comum que nos façam pensar 'eu podia ser assim.' Não só- é o facto da estupidez humana estar tão presente que nos desassossega e leva a pensar que existem pessoas assim algures (damn you[!!] Gael García Bernal, que tens um papel...).
Sofri, roí-me toda, vi partes do filme com o casaco a tapar os olhos porque não sabia se ia aguentar e no fim...sorri com as lágrimas nos olhos. Foram as celebrações altruístas (tantas que já vi, tantas das quais já fiz parte), foi o amor que se revelou, foi a chuva como chave de purificação que me fizeram aperceber que neste mundo andamos todos cegos: só vemos o que nos é posto à frente dos olhos (muitas vezes nem isso) e nunca olhamos em redor, não exploramos, não queremos saber mais - ou esquecemos o que está para trás ou vemos [tentamos ver] muito à frente.
Em terra de cegos quem tem olho é rei. Ela teve tudo para ser a rainha mas a pior dúvida possível ficou nela plantada.
Ninguém assistiu ao que ela gravou na memória: será que se esquecerão que um dia cegaram? Será que dá para cegar a memória?
Terá sido a cegueira um acto de Purificação? [já lá vamos]
Na semana passada...fui a MADAGÁSCAR! Fui DAMA, COISINHA PORCALHOTA e após rir até doer os maxilares, cheguei à conclusão que (para além do meu riso ser igualzinho ao da Glória) que onde quer que estejamos, não interessa o lugar desde que os teus amigos estejam lá contigo.
E chegamos ao dia de ontem:
PURIFICADOS
O meu primeiro pensamento após ter visto 30 minutos da peça foi: 'Catarina, tu mentaliza-te que o mundo em que vives já não é cor-de-rosa e esta peça é a prova viva disso mesmo.'
Já estava mais ou menos a par do trabalho da Sarah Kane, mas esta peça foi sem dúvida a epítome de toda a crueldade, frieza e [ir]realidade à qual possa alguma vez ter estado exposta na minha vida.
O monólogo inicial arrebatou-me: rendi-me aquela espécie de descrição de amor em que tanto vi o meu brilho dos olhos a replandecer em cada frase. Contudo, fiquei com imagens 'cruas' gravadas na mente: a peça tem um tom bastante intenso e não conseguimos escapar do ambiente sorumbático que nos impõe. Apesar de quando em vez sermos capazes de sorrir, eu quedei-me ao som dos gritos de dor que ecoavam e entoavam em mim. Adorei cada minuto da representação, cada pormenor que fazia com que a nossa imaginação possuisse naquela altura um certo 'overflow' de imagens ou de criação destas.
E ver aquela areia/cinza dourada cair em palco...foi um dos pormenores que mais me fascinou! Foi a passividade com que caía, o que levava a imaginar, a ouvir e a recriar...
E se a Cegueira foi um acto de purificação, aqui o acto de purificar era abrir os olhos e tentar escapar da realidade, porque fechá-los...Fechá-los era sucumbir ao mundo que nos apertava o respirar, que nos sorvia o fôlego.
Fenomenal.
[Eu cá continuo a digerir todos este factores que me mudaram tanto em duas semanas.]
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
HÁ QUANTO TEMPO NÃO TE ARDE O CORAÇÃO? (*)
#Hoje o meu ardeu. Quando vi alguém. Não gosto do termo gostar, mas a verdade é que eu gosto de o ver, de o ter ali ao pé, de o ver sorrir, de estar ali perto, de o olhar. Eu sei. Isto não é normal, mas a verdade é que não há termo mais bonito: arde e o fogo é do mais doce que existe.
(*) Inês Pedrosa in Fazes-me Falta.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Era um desejo de Natal...
Há dias em que um miminho, um abracinho ou até um beijinho fazem falta.
E se nesses dias, em que nos sentimos mais em baixo, pudéssemos ter isso de alguém que...que normalmente entra nos nossos sonhos?
Para mim (e mais pessoas) podia ser assim um bonequinho a pilhas do Jensen Ackles ou do Jared Padalecki. Assim quando esses tempos de carência aparecessem era só ligar.
Porém tinham de ser bonecos de categoria. Ali fofos e de tamanho real.
E se nesses dias, em que nos sentimos mais em baixo, pudéssemos ter isso de alguém que...que normalmente entra nos nossos sonhos?
Para mim (e mais pessoas) podia ser assim um bonequinho a pilhas do Jensen Ackles ou do Jared Padalecki. Assim quando esses tempos de carência aparecessem era só ligar.
Porém tinham de ser bonecos de categoria. Ali fofos e de tamanho real.
Please, Santa Claus, please!
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Momentos de Oportunidade
Só tenho a dizer que meu querido p* tem um sentido de oportunidade que...é de admirar.
Sento-me no computador para fazer um relatório do filme Chariots of Fire do qual a parte mais engraçada é facto de ter como banda sonora a música do Vangelis (também se dança muito bem quando se está numa aula e se está trajado) e eis que o meu p* entra pelo meu quarto dentro a pedir para consultar 1001 coisas na net.
A vontade em que tinha de escrever desvaneceu-se. Agora vou ali procurá-la e já venho.
#Eu sei, eu sei que estou muito picuinhas hoje, mas é só hoje.
Sento-me no computador para fazer um relatório do filme Chariots of Fire do qual a parte mais engraçada é facto de ter como banda sonora a música do Vangelis (também se dança muito bem quando se está numa aula e se está trajado) e eis que o meu p* entra pelo meu quarto dentro a pedir para consultar 1001 coisas na net.
A vontade em que tinha de escrever desvaneceu-se. Agora vou ali procurá-la e já venho.
#Eu sei, eu sei que estou muito picuinhas hoje, mas é só hoje.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Vida(s) Ocupada(s)
Tenho imensas ideias guardadas que são possíveis posts, o problema é que eu quero escreve-los mas as palavras...não saem!
Eu até queria escrever a minha opinião sobre O Ensaio Sobre a Cegueira; sobre as eleições para a AE lá da Faculdade; sobre 2ª vezes; sobre o Excelentíssimo Raymond Chandler e a possibilidade que ele me deu (e a mais amigos) de irmos a Lisboa; sobre (quiçá) a existência do jantar de curso.
Pronto, assim que já está escrito soa melhor. São propostas para escrita desta semana! :)
(Estou perdida! --')
Eu até queria escrever a minha opinião sobre O Ensaio Sobre a Cegueira; sobre as eleições para a AE lá da Faculdade; sobre 2ª vezes; sobre o Excelentíssimo Raymond Chandler e a possibilidade que ele me deu (e a mais amigos) de irmos a Lisboa; sobre (quiçá) a existência do jantar de curso.
Pronto, assim que já está escrito soa melhor. São propostas para escrita desta semana! :)
(Estou perdida! --')
Divagação
Se eu te der um lápis escreves um livro comigo?
Se eu te der a minha mão tu agarras-me?
Se eu quiser dançar acompanhas-me?
Ousei desenhar numa folha branca, mas não desenho. Escrevo!
Leio. Exploro. Descubro.
Chego ao inicio da noite com a boca a saber a uma espécie de fel porque não me consigo libertar deste rol de cordas que me amarram à vida sorumbática que nunca desejei.
Se eu te der um lápis escreves um livro comigo?
Se eu te der a minha mão tu agarras-me?
Se eu quiser dançar acompanhas-me?
As perguntas continuam a assaltar-me.
Se eu te escrever um bilhete, tu respondes? [trocamos bilhetes de amor através de olhares.]
Respiro. E respiro-te.
Inspiro. E inspiro-te. [l-e-n-t-a-m-e-n-t-e-]
Como um livro do qual nunca sabes como vai acabar...tamanho é o meu desejo de te ler, de te adivinhar.
Se eu te guardar, não foges?
Se eu te der a minha mão tu agarras-me?
Se eu quiser dançar acompanhas-me?
Ousei desenhar numa folha branca, mas não desenho. Escrevo!
Leio. Exploro. Descubro.
Chego ao inicio da noite com a boca a saber a uma espécie de fel porque não me consigo libertar deste rol de cordas que me amarram à vida sorumbática que nunca desejei.
Se eu te der um lápis escreves um livro comigo?
Se eu te der a minha mão tu agarras-me?
Se eu quiser dançar acompanhas-me?
As perguntas continuam a assaltar-me.
Se eu te escrever um bilhete, tu respondes? [trocamos bilhetes de amor através de olhares.]
Respiro. E respiro-te.
Inspiro. E inspiro-te. [l-e-n-t-a-m-e-n-t-e-]
Como um livro do qual nunca sabes como vai acabar...tamanho é o meu desejo de te ler, de te adivinhar.
Se eu te guardar, não foges?
Uma questão de Fé
Por quanto tempo mais permaneça eu a olhar intensamente para o ecrã a pensar no que hei-de escrever, [ as palavras não se formam sozinhas].
Deve ser do frio, que não me deixa pensar correctamente e me esfria as mãos de tal forma que não as consigo mexer sequer.
Hoje foi dia de [reflexão].
Pensei, pensei e repensei sobre frases, trechos musicais, filmes, livros. Tanto! E, conquanto, permaneço no mesmo lugar.
[Hoje] cansei-me de pensar da mesma forma: estou cansada do mesmo formato. Escrevo sobre a vida, o amor, o sonho, a alma, o espírito, a mente.
Não mudo.
Nada muda.
[Tudo permanece e a Natureza já nada consegue transformar].
Nem mesmo os meus sonhos me sossegam. Trazem-me aquilo que não posso ter quando acordo.
Deve ser do frio, que não me deixa pensar correctamente e me esfria as mãos de tal forma que não as consigo mexer sequer.
Hoje foi dia de [reflexão].
Pensei, pensei e repensei sobre frases, trechos musicais, filmes, livros. Tanto! E, conquanto, permaneço no mesmo lugar.
[Hoje] cansei-me de pensar da mesma forma: estou cansada do mesmo formato. Escrevo sobre a vida, o amor, o sonho, a alma, o espírito, a mente.
Não mudo.
Nada muda.
[Tudo permanece e a Natureza já nada consegue transformar].
Nem mesmo os meus sonhos me sossegam. Trazem-me aquilo que não posso ter quando acordo.
E paro.
E olho.
Nem mesmo o que escrevo faz sentido.
[Amalgama de palavras, cacofonia de sons, perífrase de significados].
Irrequieta.
Sim.
Era só um pedido para me [nos] fazer feliz. Será pedir muito? Será que tenho de acreditar com mais força?
Por quanto mais tempo terei de ter fé?
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