sábado, 23 de fevereiro de 2008

Love Letters

"I just want to see you
When youre all alone
I just want to catch you if I can
I just want to be there
When the morning light explodes
On your face it radiates

I cant escape

I love you till the end
I just want to tell you nothing
You dont want to hear

All I want is for you to say

Why dont you just take me

Where Ive never been before
I know you want to hear me
Catch my breath

I love you till the end

I just want to be there
When were caught in the rain
I just want to see you laugh not cry

I just want to feel you
When the night puts on its cloak
Im lost for words dont tell me

All I can say

I love you till the end..."

(...)



Há dias assim. Dias em que apenas um filme e uma música se revelam capazes de falarem por nós quando estamos sufocados com as lágrimas que não brotam.
Não que me sinta extremamente romântica agora, mas ver um filme que nos marca o imaginário, uma segunda vez, faz-nos tecer novas ideias e emoções.
Todos nós queremos ser personagens, viver a história e, neste momento, eu gostava de viver um história de amor bem ao estilo do "Gerry e da Holly".

Somos nós que propocionamos o nascer de um sentimento quer seja a através de um sorriso meigo, de um toque de mãos, de um olhar ou de uma palavra.

Sim, eu sei, há dias assim. Dias em que me deixo levar pelo meu imaginário de menina ingénua que acredita no Amor Eterno.
"P.S. I love you" é um filme desse género: alimenta o sonho de haver por aí alguém que nos é dedicado, mas que, por enquanto, tem estado com as pessoas erradas.

Não me deixei levar pela mensagem, mas alimento o meu coração com a aliviada esperança que talvez, um dia, eu seja uma personagem de um filme romântico.

Estes filmes deixam-me assim:melodramática, sonhadora e contraditória.


Há dias assim: Em que os meus dois espíritos se confrontam: o Racional vs o Emocional.
Qual deles vai aceitar a Love Letter da minha vida?


(Lyrics by The Pogues from the music "Love you t'ill the end"
"P.S. I Love You" Soundtrack)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Standing Here

Estou quase como que parada no tempo, tentando revolver memórias de um passado que me mudou, tendo medo do futuro, do dia de amanhã que espera a mudança que não senti surgir.
Vejo-me ao espelho.
Nada.
Estou igual.
Deveria existir um espelho que me deixasse ver o interior da minha mente e ver se ela está modificada. Se as emoções ou a forma de pensar mudaram...
Nada.
Como se vivesse num espaço vácuo onde não consigo sequer aceitar provações, negações e tristezas da vida.
Como se tudo o que já vivi me passa ao lado e ja não faça sentido e eu permaneça num vai e vem incerto de emoções que me afagam estupidamente a face de cada vez que suspiro.
Acordar de um sonho e enfrentar a realidade é duro.
Sorrir quando a alma está triste é duro.
Deixar de lutar, baixar os braços não é resposta para quando a dureza se interpõe.

Mas deixo-me ficar, embalada pelo som das lágrimas e da música "lamechas" que toca, enrolada na manta que me tenta aquecer do frio que me persegue.
E fico aqui.
Sozinha.

Standing here.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Alma Gémea

Gosto de questionar, de racionalizar, de dizer "nim", de ter as minhas próprias convicções.

Foi no meio desta minha revolta interior que busquei na consciência um termo que todos usam mas que ninguém tem certezas quanto ao significado.
Alma Gémea.
Terá necessariamente de estar ligada ao "patético" campo do amor?
A meu ver: não.
Já pensei que sim, que seria feliz quando encontrasse apenas e só aquela pessoa, mas conforme cresci vi que o mundo não gira como queremos, é essa rebeldia que nos faz ver a vida com outros olhos.
Sei, neste momento, que sei muito pouco da vida.
No entanto, sei que respondi à minha dúvida existencial.
Ao longo do meu crescimento como pessoa, descobri a outra face do significado de alma gémea: descobri a minha alma gémea literária; descobri a minha alma gémea musical, mas foi ao descobrir a minha Alma Gémea da Amizade que tudo o que sempre indaguei fez sentido.
Rio, choro, digo frases sem sentido, faço coisas sem qualquer noção!
Tudo isto porque contigo criei um laço.
Uma ligação transcendental.

"Somos um ser único e especial que mais ninguém consegue ter o privilégio de saber que existe."


Espero por um futuro próximo cheio de pequenas vivências que me façam olhar para estas linhas e pensar que quando o escrevi nada sabia.
Setembro foi o início e a eternidade será o fim!

Os sonhos são nossos, 'bora conquistar o mundo?
=)

Crying

Deitada no chão frio e duro da sala
Levo as minhas mãos à cara.
Já não a conheço.
Já não me conheço.

Choro de Novo.
O dia passou. A noite passou. O tempo passou.
Só a dor ficou.

As lágrimas secaram na minha face.
Na minha tão modifcada face.
Foste tu que me mudaste.
Tu e as tuas palavras!

Já não me conheço.
Não sei quem sou. Sequer quem fui.
Sinto que te amava, mas a dor é tão grande
Que a memória já nem me guarda boas recordações.
Será que te amava?Será que era feliz?


Escrito em 17 de Novembro de 2007
(Para uma pessoa que diz que se identifica com ele...)

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Querer ser Personagem

É espantosamente aterrador como a dor é uma força sobrenatural capaz de açambarcar qualquer coração momentaneamente feliz.
Vem devagar, devagarinho, escondida nas bermas do de repente, nas sombras do sofrimento e ataca destemida sem pedir licença ou sequer avisar.
Tenho medo da dor, medo de não a conseguir aguentar.
Tenho medo da mágoa, da tristeza, de chorar.
Perder a adoração à vida, perder o amor e calor daqueles que me são queridos é, para mim, inconcebível. Amo demasiado o mundo, amo demasiado os dias, amo demasiado a vida.
Amo demasiado tudo para ser uma magoada e triste filha de Deus.
Vejo-me agora nesta hora, depois de ter descoberto que a dor realmente existe, uma menina frágil e tímida.
Essa menina tem receio de que um dia todas as suas esperanças se tornem vãs e que os seus sonhos não se concretizem. Tem receio de perder tudo aquilo que a enriquece e que, um dia, toda a sua existência acabe levando para longe a sua alma, espírito e equilíbrio.
Tenho medo de chorar. De mostrar toda a minha tristeza como o mais comum dos mortais.
Eu sei que sou especial e sei que há dias em que nada me atinge.
Contudo, o medo consome-me a respiração quando penso que existem 365 dias num ano e 24 horas num dia.
Encolho-me ao pensar que um dia possa vir a perder o meu sorriso.
Tento viver agora, sorrindo, dando tudo para aproveitar e tirar partido de tudo o que possuo.

Porque sou feliz e serei feliz.
Porque eu sou eu e não quero ser mais ninguém.


( Escrevi este texto no dia 20 de Outubro de 2007 após ter lido o conto "Morreste-me" de José Luís Peixoto.
Agora ao relê-lo não consigo deixar de o ver como uma grande contradição, mas que ao mesmo tempo, mostra o meu estado de espírito quando acabei de ler aquele pequeno livro.
Penso que sou assim, "poeta de sonhos e de palavras descabidas", porque me deixo sempre influenciar por qualquer livro que leia.)

Quero sempre ser personagem... =)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Pensamentos de Menina

Todos temos uma face ingénua. Aquela face que quer acreditar que, por vezes, algo que se alcança na vida nos é dado de mão beijada.
Contudo nada é assim, mas isso já não é novidade.
Todos nós já passamos por imensos obstáculos na vida, mas é o vencê-los que nos traz o sabor doce à alma, ao paladar.
Aquele sabor de saber que venci e que estou mais forte.
Tenho medo de crescer, apesar de tudo, porque crescer é enfrentar pesadelos que tivemos em criança. Saber que nem todos são o que aparentam ser. Saber que tudo na vida é fugaz. Saber que o amor e o sucesso não se alcançam com um estalar de dedos.
Como alguém me disse :"É bom crescer, acredita. Ás vezes mete medo, mas o fim é bom."
Apetece-me dar um passo de gigante. Tornar-me um ser superior e entender parte da vida que é desconhecida.
Acabar com os desgostos, desilusões e com a tristeza que dá o sabor amargo às lágrimas. Mas o que seria a vida sem esse lado?
Seria um filme só de cinzentos, uma balança desiquilibrada e viveríamos num sem vir de escolhas e de indecisões porque não tinhamos nada para contrabalançar...
Viver é dificil e crescer ainda mais.
Deixar o mundo das bonecas de lado e passar a conviver com um outro cenário onde não controlamos ninguém.
E todos os dias, quando deixamos o sono na almofada acreditamos que vai ser um dia diferente, e isso, depende de nós.
Depende do respirar fundo quando abrimos a porta e sentimos o cheiro da manhã.
Daquele sorriso que damos aqueles que nos amam.
Das palavras e suspiros que largamos ao longo do dia.
Depende, somente, de nós.

Não sei se que o que escrevi faz sentido, ou se alguém o percebe, vou debitando palavras ao sabor do meu respirar e da forma como as minhas mãos se movimentam ao longo do teclado.
Fui escrevendo ao mesmo tempo que a minha mente me dava ordens e eu sei que estava correcto.


Suspirem.
Respirem fundo.
Sejam vocês...e a vida vai ser um amontoar de recordações de momentos de felicidade que dão o mote para que vivamos mais.