terça-feira, 29 de junho de 2010

Lá ficamos nós pelo caminho...

... mas foi bom enquanto durou!

O Eduardo é meu herói deste Mundial. Desde o primeiro jogo que vi ali alma, espírito e força. Era a única figura em que confiava plenamente no jogo. E não merecia o golo. E vê-lo chorar copiosamente partiu-me o coração.
Mas pronto, já lá foi, olha é a vidinha.
Amanhã ainda vamos levar com um rescaldo muito longo sobre o jogo e, pior,  vão cansar-se de tanto falar da sobranceira reacção do Cristiano Ronaldo. Meu amigo, o Deco fez o que fez e olha.... Cheira-me que a braçadeira vai parar a outro braço, digo eu.



E agora quem apoiamos nós? Alemanha. Alemanha. Alemanha!

adenda: depois de ter visto as entrevistas no final do jogo fiquei mesmo orgulhosa da nossa defesa. Porque poucas selecções tiveram uma defesa tão forte como a nossa. [olhai a Itália!] E por isso, digo, todos os jogadores estão de parabéns, inclusive o Coentrão que fez grandes prestações este Mundial. E que dizer do Cristiano  Ronaldo? O asco que sempre lhe tive continua. Porque um capitão é o que amarra a equipa, é o que dá a cara, é a cola e ele é e sempre foi um egoísta guloso e egocêntrico. Melhor do mundo? Só resulta na carteira dele!
E ainda me mete mais nojo foi o Queirós ter tirado o Hugo Almeida, a quem tentaram também sondar sobre eventuais conflitos, porque desde que ele saiu a nossa selecção só queria meter um golo desse por onde desse. E não deu.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

dos seres energúmenos.

Um dia canso-me e mando-os à merda.



Mas eu sei que eu não sou capaz de o fazer. Não consigo fazer como aquelas pessoas que uma vez zangadas apagam todo e qualquer vestígio da outra pessoa. Não.
Eu vou. Eu mastigo o pobre do meu coração. Eu chateeio-me comigo por pôr de parte o meu orgulho, que já anda pelas ruas da amargura, e porque detesto sentir-me a coitadinha.
Depois penso que no final somos só nós. Nós com uma alma no singular.

Um dia canso-me e mando-os mesmo à merda.

Depois choro noites a fio, trinco a minha língua para calar a minha voz e calo o meu cérebro que chega à conclusão que no final somos todos uns monstros em busca da redenção.

Um dia canso-me e mando-os à merda.

Porque há pessoas que parecem gostar de manejar as outras, diminuindo-se sempre para sentir que o mundo gira à sua volta.


Um dia canso-me e solto a verdade que me esgana.

sábado, 26 de junho de 2010

:O

Acabei de ir agora ao hi5, sim essa rede social quase morta por causa do advento do facebook (eu ainda tenho a minha conta activa sim), e estou parva para a minha vida.
De vez em quando vou lá apagar mensagens corrente, ver se tenho friend requests ou ver aquela bolinha de palha por lá a correr empurrada pelo vento à semelhança dos filmes americanos do velho oeste. Acontece que acabei de lá passar e vi que tinha uma mensagem de uma pessoa, desconhecida, chamada E. e que me escreveu o seguinte:

Quero namorar contigo. 91xxxxxxx. 91xxxxxxx. 22xxxxxxxx. Tenho carro e carta de condução.

COMO?!

Vamos por partes:

Estas questões de namoros e relações inter-pessoais é uma questão que, em mim, tem pano para mangas. Porque sou uma pessoa complicada e penso em tudo, racionalizo aquilo que aconteceu, não aconteceu e que pode vir a acontecer. De momento estou por aqui, mas não numa busca desenfreada pela minha cara metade, porque por enquanto é delicioso poder ter as crushes que eu quiser e não tenho ninguém a quem prestar contas. Por outro lado, não minto que de quando em vez sinto falta de alguém. ponto.
Mas agora estar desesperado ao ponto de mandar mensagens via hi5?!

Há uns tempos pensava que uma das razões pelas quais deixei de ter aquelas paixões assolapadas de adolescente era porque, agora, prezava o conhecer alguém antes. É por isso que não concordo com estas relações que agora prosperam via redes sociais, porque, e contra mim falo, uma pessoa pode gostar muito do que a outra escreve e pode pensar que está apaixonado pela pessoa com quem troca algumas sms ou por quem passa noites a falar no msn, mas no minuto em que se conhecem fisicamente...essa paixão pode desaparecer numa questão de segundos.
E contra mim falo porquê? Porque fico sempre de pé atrás quando ouço algum elogio, é um defeito meu, um legado que a minha infância e a minha adolescência me deixaram.
E digo-vos mais: eu sou uma pessoa que acredita que todos temos uma alma-gémea, por aí. Algures. Alguém que gostará de nós pelo que somos, e não pelo que poderíamos ser.

E para terminar: olha meu amigo...eu também tenho carta e carro, porque é que usas isso como vantagem? Acaso gostarias de ser o apêndice ou chauffer de alguém?!

Este mundo amedronta-me, às vezes.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

das palavras.

Eu tenho um problema com as palavras. Há palavras que me fazem feliz, outras que me entristecem, outras que me revoltam, outras que me enojam, outras que me enjoam, outras que me aborrecem.

Há palavras bocas e palavras más, palavras bonitas e palavras feias. (...)*

Eu tenho um problema com a falta das palavras. A ausência das palavras mói porque traz consigo o espectro da doença, de que algo não está bem.

Há palavras que não dão com as coisas para que servem (...). As palavras também servem para dizer e consolar ou sofrer.*

Eu tenho um problema com o excesso das palavras, porque falo sempre de mais, sinto sempre de mais, mas nunca esqueço de mais.

Isto faz de mim o quê? Ligeiramente esquisita?

* in Novas Cartas Portuguesas

quinta-feira, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

até que dei por mim a con(in)vocar.

 INVOCAÇÃO I

Adoeço de ti em meu silêncio.
Poiso o cigarro e fico a penas a ouvir a tua voz:
Porquê redescobrir-te agora? Esta febre súbita que me toma:
esta planta que se me instalou no ventre e as bre as suas pétalas,
uma a uma, venenosas e lentas, viciosas e doces.
Esponjosas e doces...


INVOCAÇÃO II

Recorro à tua imagem.
As tuas mãos que volteiam no profundo e liso vidro da memória.
A tua boca que ainda desconheço, ou já esqueci, ou só nos dedos lembro.
Desesperado, talvez, mas tão doce e tão lento, este vício de ti que agora começo.
Retomo?
Eis a vertigem da tua língua, enquanto a ignoro e a mim me venço.


INVOCAÇÃO III

Que lentas piscinas os teus versos...
Nelas me afundo (refugio?) a reencontrar a sabedoria do corpo. Dos nervos. Das aves. A sua vertiginosa água envolver-me os membros, a tomar-me a boca.
Que manso suicídio o dos teus olhos...

13/11/71
in Novas Cartas Portuguesas


                  

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Portugal!

Eu nem sei que vos diga, eu já costumo vibrar em todos os jogos da selecção, mas hoje foi demais para mim. De cada vez que gritava golo sentia uma espécie de arrepio por todo o corpo, uma descarga de energia, de felicidade.
Pela primeira vez vi UMA equipa. 11 homens a jogar pelo mesmo objectivo.

No último jogo comentei com o meu avô que eles tinham jogado para o Cristiano Ronaldo e por isso é que Portugal fez o jogo feio que fez. E hoje, depois de uma primeira parte a caír no mesmo erro e esse jeitoso sempre que tinha a bola nos pé rematava a ver se marcava, vi um passe e um golo. E mais outro. E mais outro. E mais outro. E mais outro. E o Ronaldo sempre a rir sempre que passava e era golo (ou não). Até que ele próprio marcou e nem festejou de tão estranho que foi a situação.

Soube-me bem o jogo porque senti ali um único corpo em movimento. Com um único objectivo.
Agora, para o Brasil vamos ter calminha e não pensar que já está ganho, sim?


E o Eduardo a cantar o hino? Só lhe falta a mão no peito. Nunca vi ninguém com tamanho amor a cantar o hino!
E o Tiago é um amor. Desde do slb que lhe acho piada, mas ultimamente.... Ui.

É lixado ser amado só depois de morrer.

Porque é a morte traz tanto protagonismo?
Vai uma aposta em como metade daquela população portuguesa que gritava 'Obrigada Saramago!', só lá foi porque ou o Saramago era português; ou porque, movidas a raiva pela ausência de Cavaco Silva, quiseram estar presentes porque todos os portugueses deviam; ou estavam lá a gritar, mas nunca na vida leram Saramago.

É isto, meus senhores, depois de mortos todos nos amam, todos nos apontam qualidades, todos sentem a nossa falta, independentemente de vivermos lá numa ilha longe.

sábado, 19 de junho de 2010

Não Gosto dessa Palavra.

Digo e reitero: quando uma pessoa está doente, avançada na idade, contamos sempre que um dia há-de ser o último. Só assim compreendo esta minha 'frieza' perante o falecimento de José Saramago.
Foi um grande escritor? Sim. Soube ser polémico com classe? Soube. Elevou Portugal lá longe? Sim.
A única obra sua que li foi o Caim e isto porque ainda não peguei no Ensaio sobre a Cegueira, porque ainda estou traumatizada com o filme.
É que a partir de agora todos vão adorar Saramago, e vão crescer as enormes prestações de homenagem e de cinismo.

José Saramago fez algo que muitos almejam fazer: encontrou a imortalidade. Estará sempre vivo no que escreveu, nas suas palavras, no sua semântica tão única.
Mas adiante.

Hoje revivi emoções que pensava já estarem guardadas e recordei-o de novo. Através de palavras de colegas, amigos e do pai. Ainda hoje acredito que isto é tudo uma encenação e que o voltarei a ver. Porque ele desapareceu de uma forma imprevista e, ainda novo, deixou-nos um legado não só físico, mas também emocional.

Não gosto dessa palavra que acaba com as nossas expectativas. Na qual, como diz o Tiago, a palavra 'nunca' faz sempre sentido. Fim.


E rebenta do peito uma onda de saudade.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

dos pequenos gestos...


... porque da pessoa que menos esperavas, ela pode alegrar-te o dia com um pequeno bilhete.
E hoje foi, sem dúvida, um dia dos meus.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A-PA-TIA

Hoje, numa consulta de nutrição, medi as minhas tensões. Estavam baixas, como sempre.
Quando cheguei a casa, ainda a pensar no facto das minhas tensões estarem sempre baixas, reparei no factor óbvio: não tenho nada que me incendeie o coração.

Ontem ao rever Roswell, a Liz escrevia no seu diário que, depois de dias a rezar para que algo acontecesse na sua vida, algo que não a fizesse sentir apenas uma rapariga de um cidade pequena que vive na mesma rotina, um mundo novo aconteceu. Não é que eu queira extra-terrestres na minha vida, mas queria algo que me incendiasse. Me queimasse.

Amanhã é sempre outro dia. Não ando numa busca incessante por algo, nem por alguém. O meu coração está apático. Sinto falta da vida. Estou colada em regras, vivo de acordo com a lei e antes de fazer qualquer coisa penso e repenso em todas as condicionantes e consequências.

Acho que habituei o meu coração ao optimismo que sempre me correu nas veias. Ainda corre, mas mais de-va-gar. E sinto falta daquela adrenalina, dele, de outros tempos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mudam-se os Seres, Muda-se a Literatura

Semana passada fui à Leitura e dei de caras com um livro sobre Angeologia, ou lá o que era, o que me fez pensar que depois dos Vampiros e dos Lobisomens, só faltava mesmo existir literatura sobre Anjos. Até que na revista do JN de Sábado vem uma reportagem sobre a nova literatura... Sim, é verdade, a aposta literária de Verão são livros em que 'em vez de aparecerem presas...aparecem asas de anjo', como escrevem na Notícias de Sábado.

Se a príncipio pensei que esta era mais uma forma de tentar vender uma fórmula pré-esgotada, a verdade é que me senti bastante atraída por esta nova literatura. Sou uma pessoa que gosta sempre de ter algo a dizer e que gosta de experimentar novas coisas.
Depois da visão sobre anjos que a Sobrenatural me trouxe, confesso que fiquei muito curiosa sobre como iriam abordar/abordam este tema a nível literário.

De modos que podem contar com uma crítica no futuro, isto é, quando acabar de me decidir por onde começar a ler e quando, claro, terminar esta fase uma bocado negra e puxadota em que agora vivo.

E deixo-vos com uma das minhas previsões: há uns atrás passou na sic uma série sobre um anjo que não teve muito sucesso. Uma aposta em como a Sic, se esta moda literária pegar, vai revitalizar a série? É que, por mim, antes ver o Paul Wesley mais cheiínho na Fallen, que levar com aqueles matrafões da Lua Vermelha!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Momentum

Ele disse que escrever era passar mais tempo sozinho. Eu, que já sozinha me sinto, decidi fazer da escrita uma nova amiga.
Ele disse que podíamos colocar tudo na escrita, mesmo que os nossos amigos ou família ficassem chocados com o que escrevemos.
E sabes que mais? Apetecia-me escrever muito. Até acabar a tinta da caneta. Até partir o lápis. Até sangrar dos dedos. Há tanta coisa cá dentro que eu não mereço guardar esta poluição.

domingo, 6 de junho de 2010

dos pontos nos i's.

Quando se começou a dizer que o Jesualdo Ferreira ia sair do FCP, eu disse logo que o André Villas-Boas ia ser o próximo treinador. Escusado será dizer que tanto o meu avô e o meu pai não concordavam comigo e agora... Bem, agora ainda têm a minha opinião futebolística mais em consideração.


E andei eu a semana toda a tentar chegar aqui e postar isto. 
Acho que nunca tive uma semana tão cheia de trabalho como esta, mas no final a sensação de recompensa e de bom trabalho compensa, e muito, o meu estado de espírito.
Agora vou ver os últimos episódios de Ugly Betty.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

4cm.

Metade do tamanho do dedo indicador e o que 'desvolumei' em duas semanas.
Só peço força (de vontade e espírito) para continuar nestas andanças.

O que tem de ser tem de ter muita força.





# E só não vos digo mais porque simplesmente não tenho tido nada de novo ou excitante na minha vida. Agora, se vos fosse a contar o que me entristece todos os dias... Aí sim, havia pano para mangas.
Mas este blog não vive de desânimo, ao menos, que essa parte medonha da minha vida não atinja as minhas palavras.

terça-feira, 1 de junho de 2010

das memórias das palavras.

É tão triste quando se tenta adaptar um novo nome a alguém, a uma memória, só para que o coração não sofra mais.