sábado, 19 de junho de 2010

Não Gosto dessa Palavra.

Digo e reitero: quando uma pessoa está doente, avançada na idade, contamos sempre que um dia há-de ser o último. Só assim compreendo esta minha 'frieza' perante o falecimento de José Saramago.
Foi um grande escritor? Sim. Soube ser polémico com classe? Soube. Elevou Portugal lá longe? Sim.
A única obra sua que li foi o Caim e isto porque ainda não peguei no Ensaio sobre a Cegueira, porque ainda estou traumatizada com o filme.
É que a partir de agora todos vão adorar Saramago, e vão crescer as enormes prestações de homenagem e de cinismo.

José Saramago fez algo que muitos almejam fazer: encontrou a imortalidade. Estará sempre vivo no que escreveu, nas suas palavras, no sua semântica tão única.
Mas adiante.

Hoje revivi emoções que pensava já estarem guardadas e recordei-o de novo. Através de palavras de colegas, amigos e do pai. Ainda hoje acredito que isto é tudo uma encenação e que o voltarei a ver. Porque ele desapareceu de uma forma imprevista e, ainda novo, deixou-nos um legado não só físico, mas também emocional.

Não gosto dessa palavra que acaba com as nossas expectativas. Na qual, como diz o Tiago, a palavra 'nunca' faz sempre sentido. Fim.


E rebenta do peito uma onda de saudade.

1 comentário:

Paulo Brás disse...

lê. (qualquer coisa, tenho uns quantos, posso emprestar. e há muitos na fac, por onde também li coisas q n tenho.)