Hoje, numa consulta de nutrição, medi as minhas tensões. Estavam baixas, como sempre.
Quando cheguei a casa, ainda a pensar no facto das minhas tensões estarem sempre baixas, reparei no factor óbvio: não tenho nada que me incendeie o coração.
Ontem ao rever Roswell, a Liz escrevia no seu diário que, depois de dias a rezar para que algo acontecesse na sua vida, algo que não a fizesse sentir apenas uma rapariga de um cidade pequena que vive na mesma rotina, um mundo novo aconteceu. Não é que eu queira extra-terrestres na minha vida, mas queria algo que me incendiasse. Me queimasse.
Amanhã é sempre outro dia. Não ando numa busca incessante por algo, nem por alguém. O meu coração está apático. Sinto falta da vida. Estou colada em regras, vivo de acordo com a lei e antes de fazer qualquer coisa penso e repenso em todas as condicionantes e consequências.
Acho que habituei o meu coração ao optimismo que sempre me correu nas veias. Ainda corre, mas mais de-va-gar. E sinto falta daquela adrenalina, dele, de outros tempos.
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