Pronto. As Actividades Académicas e a Queima já terminaram.
Este ano não pude deixar de reparar o quão estranha me senti durante estes tempos, porque sabia que estava a vivê-los, mas ao mesmo tempo parecia tudo uma espécie de sonho que tinha chegado muito depressa.
E é quanto mais queremos que o tempo demore a passar que ele passa mais depressa, nem nos dando tempo de aproveitar todos os pedacinhos.
Ele foi Monumental Serenata com muito choro à mistura, muitas palavras ditas do coração, muitos abraços sentidos.
Ele foi Imposição das Insígnias onde me impuseram as Fitas. Nos meus tempos idos de caloira, eu vi pessoas a fitarem e sempre pensei que só num futuro muito longíquo é que as fitas iriam conhecer a minha pasta. Mas foi numa tarde de Domingo que me despedi do meu grelo, que impús um grelo e que me apercebi que cada insíginia ajuda a marcar cada ano que passamos na faculdade.
E não há altura nenhuma em que não vá olhar para as minhas fitas e pensar nas pessoas que já perdi, e que a falta que essas pessoas me poderiam fazer, é absolutamente compensada por aqueles que tenho agora e que AMO.
Ele foi Cortejo passado no Carro a abanar as Fitas e a ouvir velhinhas a perguntar coisas que me torciam o coração.
Este ano não nos encharcamos no final. Acho que já estávamos todos encharcados no choro, nas lágrimas que foram tão ternuramente nossas esta semana.
Quanto à Queima... Vi o melhor concerto, o dos Franz Ferdinand, que me fez esquecer o frio que estava no Queimódromo. Saltei, as usual, com repertório de sempre do Quim Barreiros, apaixonei-me pel'Os Azeitonas e saltei com os Xutos. Quanto às noites dentro... Fiquemos pelas memórias que ainda me rio de cada vez que me lembro de tudo.
Amanhã vai ser um choque de realidade quando voltar à rotina.
E eu não queria reencontrar-me com aquilo que, por uma semana, fiz questão de esquecer.
A minha vida normal é uma absoluta monotonia.
são as recordações que me distraem deste mundo.
ao menos isso.