domingo, 16 de maio de 2010

Soror Mariana Alcoforado

Não conheci o desvario do meu amor senão quando me esforcei de todas as maneiras para me curar dele, e receio que nem ousasse tentá-lo se pudesse prever tanta dificuldade e tanta violência. Creio que me teria sido menos doloroso continuar a amá-lo, apesar da sua ingratidão, que deixá-lo para sempre. Descobri que lhe queria menos do que à minha paixão, e sofri penosamente em combatê-la, depois que o seu indigno procedimento me tornou odioso todo o seu ser.
O orgulho tão próprio das mulheres não me ajudou a tomar qualquer decisão contra si.

in Cartas Portuguesas atribuídas a Mariana Alcoforado


Apesar de ser mulher, há muita coisa no universo feminino com o qual não concordo e nem compreendo. E rebaixar-me, humilhar-me e tentar espicaçar um homem para que este me dê atenção é, decerto, coisa que nunca fiz e nem vejo a fazer.
E a Senhora, para a data em que, supostamente, escreveu estas cartas (séc.XVII) é muito acesa. A sério, são metáforas atrás de metáforas que mostram o acto sexual explícito. Era uma loucura.

1 comentário:

Paulo Brás disse...

portanto, é pa eu ler?