sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BOM 2011!

amem, adorem, riam, chorem, cantem, dancem, tirem fotos, vão ao teatro, vão ao cinema, ao circo, a reuniões, desesperem, batam com a cabeça na parede apenas para...aprender, aprendam, durmam, comam, bebam, saiam noite fora, percam coisas, encontrem outras, sintam o coração bater, vão à praia, apanhem sol, apanhem chuva, mergulhem, desenhem, estejam no computador, tenham frio, calor, espirrem, façam piercings, ou tatuagens, usem óculos de sol, ou gorros, ou tapa-orelhas, caminhem, saltem, sonhem, resmunguem, percam a paciência, gritem, discutam, batam o pé, virem costas e voltem costas, abracem e beijem, que falem inglês, espanhol, francês, que viajem, que partilhem segredos, que descubram segredos, que deêm as mãos, que troquem olhares, ouçam música, respirem... no fundo, vivam.
O novo ano está aí à porta, aproveitem para virar mais uma página neste vosso livro e iniciar um novo capítulo!


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2010 em Revista


 Janeiro 2010


 Março 2010


 Maio/Junho 2010


Julho/Agosto de 2010


Outubro 2010


Dezembro 2010

Li algures no blog do Tiago que 2010 não foi um bom ano e fiquei a matutar na expressão, porque sou uma pessoa que não gosta de dar veredictos finais e assim...'frios'. Bom, mas fui dormir sobre essa expressão, como quem escreve dormir sobre o assunto, e de manhã, deparei-me que sim: 2010 não foi um ano bom, foi mau no verdadeiro sentido da palavra, mas não concretamente dirigido sob a minha pessoa.
Para começar foi um ano péssimo para a cultura portuguesa, muitos daqueles que construiram o que Portugal agora tem de história cultural teatro...se foram. E este foco é me particularmente querido visto que este ano eu, e muitos, perdemos um dos nossos professores que era fundamental no nosso desempenho académico.
Continuando nesta onda da cultura, podemos falar da crise que atingiu em força o nosso país e que quase fecha as portas aos teatros!
Foi um ano mau a nível político, económico e a nível social, o meu social, tremeu. E muito.

A nível pessoal posso, no entanto, falar de vitórias. Uma das minhas resoluções para este ano era conseguir perder peso e consegui (neste momento estamos a falar de quase 10kg perdidos, meus caros)! A nível académico foi mais um ano aprovado, suadíssimo e exaustivo, mas completo. A nível pessoal muitas mudanças foram enfrentadas, e creio que ainda continuam a sê-lo, mas creio que este ano amadureci imenso. Fiz muita coisa, não me arrependo (muito) das asneiras que fiz, porque certamente se voltássemos atrás fazê-la-ias novamente. Fiz 22 anos, trabalhei, tive um Verão *cheio*, ri, chorei, vi muito, muito, teatro e li as leituras  do mosteiro. E foi preciso chegar ao final do ano para ir mais vezes ao cinema e para me aperceber que, finalmente, uma das minhas particularidades admirada em 2008 e que se prolongou... Lentamente se começou a desvanecer e só este mês me apercebi de que já não lhe sentia a falta. E que agora há um outro que sinto.

Visto numa t-shirt, na Lefties, depois de ter visto o Tangled:

LOVE IS

A SPECIAL WORD FOR YOU AND ME
A SPECIAL BOND ONE CANNOT SEE
IT WRAPS US UP IN ITS COCOON
AND HOLDS US FIERCELY IN ITS WOMB.
ITS FINGERS SPREAD LIKE FINE SPUN GOLD
GENTLY NESTLING US TO THE FOLD
LIKE SILKEN THREAD IT HOLDS US FAST
BONDS LIKE THIS ARE MEANT TO LAST.
AND THOUGHT AT TIMES A THREAD MAY BREAK
A NEW ONE FORMS IN ITS WAKE
TO BIND US CLOSER AND KEEP US STRONG
IN A SPECIAL WORLD
WHERE WE BELONG.


já foste.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

We All Need a Little Christmas!




Lembro-me perfeitamente do que sentia ano passado por esta altura, o presente que pedi o Pai Natal no meu íntimo e de como tudo à minha volta estava diferente. Este ano a minha vida deu uma reviravolta muito grande, e apesar do presente que pedi ao Pai Natal não ter sido bem entregue, a verdade é que ao longo do ano uma nova face da minha vida me foi mostrada. Ainda não estou muito contente com isto que se anda a passar, mas acredito piamente que vai ao sítio. E como eu desejo que vá.
Feliz Natal a toda a família da Blogosfera: aos que eu leio e aos que me lêem! Divirtam-se muito, aproveitem este friozinho para se aquecerem no calorzinho da vossa casa e com o carinho da vossa família. Aporveitem pra comer os docinhos todos por agora que em 2011 é para emagrecer!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E agora, como é que eu vou viver com um coração aceso?(*)

A voz dele repete-se na minha mente, o cheiro dele impregnou o meu nariz e a voz dele invadiu os meus ouvidos. O meu corpo clama pelo toque dele enquanto a minha pele se eriça de saudade.
Creio na empatia, no carinho, à primeira vista. No vício indolente que temos uns dos outos. Somos animais sociais, vivemos de ar respirado, de sangue sentido, de saliva trocada. Imagino um bejio teu e a minha alma atiça-se numa chama de lume brando que sussurra lentamente o teu nome.
Invento jogos de palavras, de sons, de alma. Respiro uma calma inerte de um local inóspito em que sonho que me abraças. Proteges-me do frio, do medo, da tristeza. Passaria uma noite abraçada a ti, se pudesse. Como se fose crime ter-te apenas para mim.
Mas estou cansada sonhos, de lirismo, de prosa e poesia.
Respiro a tua arte quando outros te tentam imitar.
Quero-te. Veementemente.


(*) A Paixão de Constança H., Maria Teresa Horta


 

domingo, 19 de dezembro de 2010

[!]

DOU-TE A VANTAGEM: TU COM TUDO, EU SEM NADA.
QUE ME MESMO ASSIM, DESARMADA, VOU-TE ENSINAR A PERDER!



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

de partes em partes.

Parte 1.

A metamorfose da tua sinceridade aniquilou-me a vontade de continuar a sorrir para ti. Um sorriso é o que de mais puro de nós podemos oferecer a alguém e tu destruíste a minha vontade de o fazer. Sorvo este ar frio que congela lentamente todos os fios invisiveis que me corrompem o corpo. Pergunto se algum dia te conheci, se aquele sorriso, se aquele gesto, se aquele olhar...foram verdadeiros. Indago-me que espécie de pessoa serás ao te quereres esquecer tão depressa quanto à tua inegável irritante presença. Agora o meu coração já não se arrepia quando te vê. Estremece de nojo.


Parte 2.

Reconheceria o teu cheiro em qualquer parte do mundo. E tua voz. Essa tua perspectiva da vida tão diferente de qualquer uma que alguma vez conheci é tão só e absolutamente...única. O teu lado cavalheiresco que é compensado por um tudo ou nada de breve loucura que se manifesta por palavras e actos que não ficam esquecidos por noite fora. Embora o frio assombre este meu viver, sou acolhida por um ar quente e esbaforido que me aperta as veias e faz ferver o sangue. Febre. Demência. Calor.
Todo este ar febril me entorpece os gostos e quedo-me neste andar lento e seguro de tudo ou nada de quem tudo quer, mas nada tem.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Carta ao Pai Natal, I

Querido Pai Natal,

Pois, cá estamos nós novamente, hein? Ao contrário do que já vi em muitos outros blogs, não te vou deixar aqui uma lista extensiva de presentes que gostaria de receber, porque se o Natal já é de amanhã a oito....De amanhã a oito ainda estarias a ler a minha carta.
Vá, não sou assim tão materialista!
O que eu qeria mesmo, Pai Natal, era paciência. Doses industriais de paciência, por favor, e algumas de sapiência. Honestamente, eu já não me aguento.
Eu continuo a perguntar-me porque é que comigo nunca nada é fácil, porque é que os problemas vêm sempre aos pares, porque é que eu sou sempre dada ao drama e não consigo raciocinar direito.
Nestas alturas esqueço-me sempre de pensar em mim primeiro, porque tudo o que os outros sentem, ou fazem, vem sempre em primeiro lugar. Antes de mim.
Estou seriamente a pensar que essa será uma das minhas resoluções para o ano novo, mas agora em que escrevo isto, tenho quase a certeza de que essa foi uma das minhas resoluções ano passado.
Sinceramente sinto-me presa num turbilhão de um ciclo vicioso.

Por isso, querido Pai Natal, o que eu mais queria como presente este ano era uma vida normal.

A Caixinha de Música

"Catarina não gostava da cara que tinha. Achava-se feia, com o seu nariz arrebitado, boca grande e olhos muito pequeninos.
Na escola,  as crianças não queiram brincar com ela. Preferiam outras companhias. Corriam pelo pátio, muito alegres, fazendo jogos em que Catarina nunca conseguia entrar.
Quando a campainha tocava, no fim das aulas, pegava na pasta de cabedal castanha, punha-a às costas e ia sem pressa para casa, colada às paredes, com medo das sombras, dos gracejos dos rapazes mais crescidos. Com medo de tudo o que pudesse tornar ainda mais triste a sua vida.
"Tens mesmo cara de bolacha." - dissera-lhe, dias antes, uma rapariga da sua turma.
Ficou muito magoada com aquelas palavras que lhe acertaram em cheio, como uma pedrada, em pleno coração.
E lá andava com os seus olhos pequeninos e tristes, com os pés para o lado, a ver se descobria alguém que conseguisse gostar dela, nem que fosse só um bocadinho."

(continua...)



José Jorge Letria, Histórias quase Fantásticas

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

What do you do when your heart's in two places? (*)

Não sei como vim parar a esta encruzilhada. Há uns meses atrás andava certamente a apregoar que sentia muito a falta disto, que se fosse para sofrer que preferia sofrer tendo algum objecto e não apenas sofrer por não ter absolutamente...nada.
Tal como nos dizem, é sempre quando menos esperas, é. O pior é o que vem depois porque nem o ser humano vem com livro de instruções, nem vem com livros que adivinham o futuro. E eu gostava mesmo de me resolver.

Eu sou uma pessoa complicada. Sou. E muito racional. Quando me dá para ser parva também o sou, e às vezes, sou-o às mãos cheias. Mas, neste momento, tenho de lidar com a acérrima luta interior entre o meu lado racional e o meu lado irracional.
Isto porque, a Catarina Irracional é capaz de neste momento fazer de tudo apenas para ter atenção porque gostou de a ter. Gostou. E a Catarina Racional tem de respirar fundo e tentar perceber a que fim vai levar isto tudo, porque no fim, apesar de tudo, ela não quer ficar novamente...só.


(*) Pixie Lott, Broken Arrow

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

7.

Fui desafiada pela Sara e pela Sofia e como este blog precisa mesmo de alguma coisa, decidi aceitar:

7 perguntas. 7 respostas. 7 blogs.

7 coisas que tenho de fazer antes de morrer:

*viajar muito!
*ter um livro editado.
*encenar uma peça (ou mais).
*conseguir compreender-me.
*aprender a ter mais paciência.
*casar e ter filhos.
*ser bem-sucedida.

7 coisas que mais digo:
*"Credo!"
*"E depois, tipo..."
*"Sour!"
*"Qe lindo!"
*" 'Tá masé caladinho!"
*"Ai, txó! Que se passa?"
*"Fosgasse!"

7 Coisas que faço bem:

*Comer doces (ahahah)
*Mexer nas orelhas.
*Resmungar sobre qualquer coisa.
*Correr atrás do autocarro.
*Cair que nem uma patinha nas mentiras que contam.
*Dedicar-me a algo/alguém.
*Chorar em silêncio.

7 Defeitos:
*Resmungona
*Teimosa
*Autocrítica
*Sensível
*Apaixonada
*Racional
*Orgulhosa

7 Qualidades:
*Amável
*Racional
*Dedicada
*Compreensiva
*Bem-disposta
*Boa amiga
*Responsável

7 blogs para passar este desafio:

Vou ser rebelde e deixar que qualquer um se sinta desafiado! ;)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

.

QUE NERVOS. QUE NERVOS. QUE NERVOS.
!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

das relações e das pessoas.

Há uns tempos comecei a escrever uma peça sobre relações, e tal como o próprio assunto, acabei por deixar a peça um pouco de lado porque estava com dificuldades em continuá-la. Em trabalhar a minha própria relação com ela, porque a verdade universal é que as relações dão trabalho, quer sejam elas de amizade, de amor, de cordialidade and so on [isto dá para outro tema a aprofundar num post futuro].

E depois há pessoas que dão trabalho, apenas para tentar entender certas e determinadas acções que as contradizem. E eu juro, juro, que penso que essas pessoas não se dão conta da contradição e só por isso já nem mereciam o meu trabalho para as tentar compreender.
É que às vezes essas pessoas são um desafio maior do que terminar um raio de um cubo de rubik!  

sábado, 4 de dezembro de 2010

Desânimo.

Odeio quando acabo por ficar assim, desanimada. Odeio porque o monstro do desânimo apanha-me assim de repente e, ultimamente, parece estar colado a mim como se fosse uma segunda pele.

É naquela hora em que o sol nasce, como dizia Natália: "turva hora onde/principia a noite/e o dia se esconde./hora de abandonos/ em que a gente esquece/aquilo que somos/e o tempo adormece./ Nevoenta hora/hora de ninguém/em que a gente chora/não sabe por quem./ E tudo se esconde/nessa hora onde/por estranha magia/Brilha o sol de noite/E o luar do dia" -  que se instala e me esgana o coração. Pela noite ataca quando deito a cabeça na almofada, mastigando o meu pequeno músculo até à última batida consciente.
Ainda não me sinto capaz de escrever sobre o Sombras porque relembro, constantemente, que somos nós que passamos e não o tempo.
Mas, neste momento, eu sinto que tudo passa por mim e eu fico quieta no meu lugar, numa espécie de mundo fechado e nem fui eu que o fechei.
Culpabilizo os meus sonhos, esta mania insana de imaginar, de sonhar, que depois me corrompe a alegria porque nada corre como poderia correr.

E porquê? Porque a certeza de que não preencho os standards universais me faz condoer desta figura inútil que sou eu.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

É isto, meus senhores.

Às vezes paro para pensar na minha vida e chego à positiva conclusão de que não vale a pena tentar dar-lhe um sentido, porque está uma valente salganhada.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

XIII

(...)


SÓ SEI QUE, NESTE DESTINO,
VOU ATRÁS DO QUE NÃO SEI...
E JÁ ME SINTO CANSADA
DOS PASSOS QUE NUNCA DEI.

Natália Correia