quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E agora, como é que eu vou viver com um coração aceso?(*)

A voz dele repete-se na minha mente, o cheiro dele impregnou o meu nariz e a voz dele invadiu os meus ouvidos. O meu corpo clama pelo toque dele enquanto a minha pele se eriça de saudade.
Creio na empatia, no carinho, à primeira vista. No vício indolente que temos uns dos outos. Somos animais sociais, vivemos de ar respirado, de sangue sentido, de saliva trocada. Imagino um bejio teu e a minha alma atiça-se numa chama de lume brando que sussurra lentamente o teu nome.
Invento jogos de palavras, de sons, de alma. Respiro uma calma inerte de um local inóspito em que sonho que me abraças. Proteges-me do frio, do medo, da tristeza. Passaria uma noite abraçada a ti, se pudesse. Como se fose crime ter-te apenas para mim.
Mas estou cansada sonhos, de lirismo, de prosa e poesia.
Respiro a tua arte quando outros te tentam imitar.
Quero-te. Veementemente.


(*) A Paixão de Constança H., Maria Teresa Horta


 

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