sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

de partes em partes.

Parte 1.

A metamorfose da tua sinceridade aniquilou-me a vontade de continuar a sorrir para ti. Um sorriso é o que de mais puro de nós podemos oferecer a alguém e tu destruíste a minha vontade de o fazer. Sorvo este ar frio que congela lentamente todos os fios invisiveis que me corrompem o corpo. Pergunto se algum dia te conheci, se aquele sorriso, se aquele gesto, se aquele olhar...foram verdadeiros. Indago-me que espécie de pessoa serás ao te quereres esquecer tão depressa quanto à tua inegável irritante presença. Agora o meu coração já não se arrepia quando te vê. Estremece de nojo.


Parte 2.

Reconheceria o teu cheiro em qualquer parte do mundo. E tua voz. Essa tua perspectiva da vida tão diferente de qualquer uma que alguma vez conheci é tão só e absolutamente...única. O teu lado cavalheiresco que é compensado por um tudo ou nada de breve loucura que se manifesta por palavras e actos que não ficam esquecidos por noite fora. Embora o frio assombre este meu viver, sou acolhida por um ar quente e esbaforido que me aperta as veias e faz ferver o sangue. Febre. Demência. Calor.
Todo este ar febril me entorpece os gostos e quedo-me neste andar lento e seguro de tudo ou nada de quem tudo quer, mas nada tem.

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