terça-feira, 21 de setembro de 2010

do sono.

Esta noite que passou não consegui dormir. Creio que o meu subconsciente sabe que andarei numa roda-viva nos próximos dias e não conseguiu, sequer, descansar.
Resultado? Acordei muito mal-disposta de manhã. Consequência? Desanco nas pessoas. Segunda Consequência? Sinto-me mal comigo mesma.

Eu juro que não queria, que queria afastar este sentimento de mim, mas ando a ficar farta de pessoas. E se ando a ficar farta de pessoas, se não tenho vontade sequer de falar com elas, não me posso queixar que me sinto deixada de lado. Certo? Certo.
Mas e se todo este repelente populacional se deve ao facto das pessoas se estarem, constantemente, a nas tintas para mim? Já faz mais sentido?

Neste momento vivo uma das fases mais preenchidas da minha vida. A L. escreveu aqui há uns tempos que eu estou sempre a fazer alguma coisa, e ultimamente, tenho me lembrado imenso dessa frase, porque efectivamente eu estou sempre a fazer alguma coisa e há sempre algum campo que descuro. Depois sinto-me mal porque não me apetece ir desbravá-lo e depois as pessoas deixam o meu campo como um terreno baldio, quase como aprendíamos em história há uns tempos. E eu tenho muito medo que as pessoas, simplesmente, se esqueçam de mim.

Eu não esqueço ninguém, embora haja pessoas que devia mesmo esquecer, apagar o seu registo da minha vida. Mas, às vezes, gosto de ficar no meu canto. Lidar com os meus problemas, perceber a minha neuroticidade paranóica e esperar que venham ter comigo. Mas nunca vêm, as pessoas esquecem-se de mim. Sinto-me material descartável, uma pessoa tão insignificante que facilmente se põe de lado.

para quê perder tanto tempo se a mim ninguém me vê?
[mundo secreto.]

1 comentário:

Castiel disse...

Sinto-me tantas vezes asssim... então ultimamente... jesus. Mas também percebi que aquelas que realmente interessam, acabam por estar sempre lá, as outras... deixam saudade e depois existem os casos de "há males que vem por bem" e é nisso que me vou segurando.