terça-feira, 6 de abril de 2010

da capacidade de amar.

Tenho me apercebido ao longo dos dias que já não sei o que é amar. Aliás, não é bem amar, é mais sentir.
Sentir borboletas na barriga. Sentir que estou nas nuvens porque ele me sorriu. Olhar para o telemóvel e sorrir porque tenho uma sms dele.
No outro dia pedi ajuda ao T. para uma legenda de uma foto e foi quando li a sugestão que reparei que já não escrevo direccionado a alguém. Há muito tempo. Tenho textos por aqui em que só de ler as primeiras linhas sei perfeitamente de que se trata.
Talvez seja por isso que cada vez que escrevo alguma coisa/tento iniciar alguma estória acabo por a apagar. Porque não há sentimento nenhum. Porque tudo me parece pretensioso e surreal.

I'll watch the night turn light blue/
But it's not the same without you/
Because it takes two to whisper quietly/
The silence isn't so bad/
'Till I look at my hands and feel sad/
'Cause the spaces between my fingers/
Are right where your's fit perfectly. (*)


Tenho saudades de sentir. E tenho medo que me tenha esquecido do que é gostar de alguém.  





(*) Vanilla Twilght, Owl City

2 comentários:

Ferdinand disse...

Vou escrever um post por causa deste texto. xD

mas sobre este assunto tenho a dizer que gostar de alguem nao e dificil o dificil e manter o sentimento.

Paulo Brás disse...

eu subscrevo a catarina.

e n acho q seja tanto o problema de gostar de alguém (há sempre mil pessoas bonitas, inteligentes, engraçadas e interessantes à nossa volta com quem uma relação poderia resultar), mas mais o de saber se o que se sente é amor ou não: podesmo estar simplesmente a confundir os sinais do nosso corpo.