domingo, 28 de março de 2010

Deus da Matança

Depois de uma aula em que se discutiu a versatilidade dos actores de televisão fui assistir a esta peça com algumas questões na minha cabeça que queria confirmar. Também nunca tinha visto um texto francês em palco e o facto de a própria autora dizer que escreve um "teatro dos nervos" fazia-me ficar cada vez curiosa com a reacção que a peça suscitaria em mim.

A peça é genial e é toda a química entre os actores que permite que se desenrole um óptimo espectáculo.
É uma peça sobre a lei do mais forte, de como através de um pequeno conflito entre dois miúdos vemos a verdadeira vida de dois casais. Temos à nossa frente dois casais em que para ambos a aparência é tudo, mas ao longo da peça a máscara vai caindo e vemos como são na verdade. Maridos e Esposas insatisfeitos com os seus parceiros que não os acompanham na ambição.
Os jogos proxémicos da encenação são facilmente captados pelo espectador mais atento, mas reforçam o texto e a acção, fazendo com que tudo encaixe perfeitamente. Vemos sempre algo em causa, pessoas em conflito que sofrem do mesmo mal. Depois de grandes discussões ou momentos de vómito (este momento é absolutamente genial!) há sempre um espaço de tempo que deixa o público respirar e ansiar pelo próximo. É uma peça de energia.
Uma comédia como nunca antes vi! E o Paulo Pires, a Sofia de Portugal, a Joana Seixas e o Sérgio Praia comprovaram que alguns actores de televisão sabem fazer teatro. E muito bem.
Adorei.


2 comentários:

Ferdinand disse...

ai que linda! jogos proxemicos!
isso foi eu que disse!
ladrona! es uma ladrona e nada afavel!

Cathy Oh disse...

Caladinho!:p
Devias era estar contente por eu estar a aprender contigo coisas de jeito, sim?
E EU SOU UMA PESSOA MUITO AFÁVEL! ahahaha