Lagartas na Praia

A meu ver há três tipos de pessoas-lagarta: há aquelas que são lagartonas mesmo feiotas que depois se tornam em belas borboletas, as lagartas que quando se transformam em borboleta se esquecem do passado e depois há aquelas lagartonas mesmo mesmo horríveis que tanta coisa fazem, mas o resultado é sempre o mesmo: ser lagarta.

As pessoas-lagarta/borboleta são aquelas pessoas que começam lentamente a cativar-nos até que provam ser capazes da mais bela transformação e no final, com a sua beleza e leveza de borboleta, ficam iguais a si próprios. E são pessoas importantes, que criam laços connosco, que ficam a brilhar no nosso ombro uma vida inteira!
Já as pessoas-lagarta segundo tipo, são daqueles tipos de pessoas que crescem connosco enquanto lagartas e quando se transformam em borboletas... Well, voam para longe e de vez em quando fazem uns voos rasos para ver como está a coisa, a ver se se podem vangloriar de alguma coisa, para calar o ressentimento que os corrói por dentro.
O último tipo de pessoa não tem remédio. São aquelas lagartas que aparecem e que por mais que enxotemos, continuam a voltar até que, eventualmente, pegamos e embrulhando-as num simples lenço de papel vão para longe.



É triste, mas é verdade. Quantos de nós não encontrou já estas lagartas ao longo da vida?
E não há nenhum pesticida que acabe com isto, acho que estas coisas existem para, mais uma vez, nos darem um lição de vida enquanto é tempo de roer a nossa folha.