Da minha parte

O meu irmão está a entrar na adolescência e é 'um Deus que me acuda' permanente.
Ou é porque isto não lhe calha bem. Ou é porque a camisola está justa. Ou porque um cabelo está levantado. Ou porque as calças não combinam com a camisola....
A minha mãe deita 'os bofes pela boca' (sempre sonhei dizer isto) e eu sorrio, porque até há bem pouco tempo eu fui um BOCADINHO assim.


Olhando para trás e vendo a minha adolescência, penso que fui uma miúda muito calminha - tirando algumas discussões com os meus pais e implicâncias com o meu irmão- mas, não houve problemas de mais.
Tinha as minhas pancas anormais pelos músicos da época, pelos futebolistas da época, dava gritinhos de contentamento sempre que apareciam na televisão,comprava revistas e colava os posters na parede do quarto, gostava de rapazes que mudavam de nome consoante o ano lectivo, sofria e escrevia poemas que demonstravam o meu descontentamento. Nunca fiz birras de amuo dos 13 aos 18- exceptuando o querer furar a orelha na parte de cima...Ah! E querer um dvd dos westlife (ai credo.)
Aos 16 tive o meu primeiro namorado que durou um mês.

Aos finais dos 17 e inicio dos 18 entrei para a faculdade, fui caloira com todas a minhas vontades e força e:

* saí à noite pela primeira vez;

*fui à minha primeira Queima das Fitas;

*tive um primeiro desgosto amoroso;

E comecei a crescer.

Tenho-me vindo a sentir mais "madura", fenómeno esse que se tinha iniciado no final do ano passado: não sei, passei a prestar mais atenção à vida que me rodeia, por assim dizer.
Sinto-me diferente e a ver o andamento do blog também posso constatar o mesmo. Comecei por escrever textos quase filosóficos, textos onde sofria horrores por amor e agora adoptei um registo muito mais livre. Mais...completo.
Hoje acordei com um sorriso nos lábios e nada, de facto, mudou.
I mean...eu mudei e não foi da noite para o dia.
Sinto-me mais forte, com uma maior vontade de olhar por mim, mais completa, mais responsável.
Às vezes penso que esta mudança se deu desde que vi Twilight no cinema, e na verdade foi isso mesmo que me aconteceu. Foi ter acordado para um outro tipo de história de amor que sempre me passou ao lado que agora me ajuda a equilibrar o balanço.
Estou no clímax de algo que se começou a formar algures por Junho/Julho de 2008.

Para culminar o final do post, e isto foi algo que me assombrou o pensamento hoje durante o dia inteiro, consigo finalmente dizer que não acredito no amor à primeira vista.
Sempre estive reticente, mas agora acredito muito mais que se pode admirar uma pessoa pela primeira vez. E admirar no sentido de olhar para a pessoa e sentir um rush, independentemente de a conhecermos ou não, porque é isso exactamente o que eu sinto.

Admiração q.b. .

Da minha parte é só isto.