quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sentimento Anónimo

O que é que eu fiz de mal?” – pensou enquanto chorava silenciosamente. – “O que é que eu fiz para sem qualquer razão ser esquecida, atirada para um canto?”
Sentia-se como uma velha boneca de trapos que fora trocada pela boneca mais moderna que todos queriam.
Era um fogo de angústia que lhe consumia o interior e todo o seu pensamento se alienava numa pergunta retórica.
Porquê é que não posso ser feliz, ser estável? Porque é que sou susceptível a toda e qualquer questão que me faça pensar no que acontece à minha volta?

Sabia que não podia ficar triste ou deixar-se ir abaixo. A sua vida estava agora a seguir caminhos que se apresentavam mais reais, mais permanentes e confiantes. Não podia perder toda a confiança que ganhara até aqui.
Mas era difícil...Tão difícil...

Não passa ao lado e o coração contorce-se num dor insuportável que não abandona nada. Permanece no interior corrompendo e fatigando toda e qualquer célula que sorria.
Fazia sentir-se Cruel. Fria. Dura.

Ela não queria ser assim e chorava.
Chorava pelo passado e tinha saudades de como tudo fora, por uma vez, bom e belo. Pensava que tinha algo resistente e não suporta a ideia de estar a perder.

Por isso chora e adormece a chorar.





Quando pensa no futuro guarda o segredo de que desejava saborear o paladar de uma vingança. Porém sabe que não tem armas para tal deixando-se sucumbir por uma dor que a deixa inquieta, que lhe perturba a paz que sempre almejava e que por dias conseguiu.




(...)

2 comentários:

Anónimo disse...

"Quando pensa no futuro guarda o segredo de que desejava saborear o paladar de uma vingança..."
Pah LINDO! xD
Encontro nos teus textos coisas q adoro minha querida.
M*

Anónimo disse...

Tenho q ir a ermesinde faz favor, ja q vc vem ca quero conhecer melhor isso... ;)
M *