Vamos lá a ver se consigo, finalmente, escrever sobre a maratona teatral que foi a minha vida na semana passada.
No ínicio da semana fui assistir à Leitura Encenada da Antígona de António Pedro no TNSJ encenada pelo Nuno M. Cardoso e que contava com a interpretaçãode alunos do 3º ano do BalletTeatro.
E deixem-me que vos diga que Portugal carece, cada vez mais, de ensino a novos actores. O nosso país não tem um boa formação de futuros actores.
Nada mais consigo dizer sobre o espectáculo. Para mim resumir-se-ia à prestação daqueles miúdos que no final do ano lectivo serão actores e não aos Actores que contracenaram com eles. A esses não aponto falhas (aliás consigo dizer que o Freixinho me surpreende de cada vez que vou ao S.João), quanto aos mais novos, eu que sou ainda um pouco leiga por aqui, consegui não gostar do que fizeram ao texto do António Pedro.
Por outro lado, na Sexta pela tarde fui ao TeCa assistir à Ópera Infantil Jeremias Fisher. Nunca tinha visto uma ópera de qualquer tipo, logo uma infantil seria a melhor forma de começar... Gostei muito do trabalho dos miúdos, dos actores, exceptuando as vezes em que me esforçava o dobro por tentar perceber o que a actriz cantava/dizia... Contudo o conteúdo, a mensagem da peça, não foi bem aceite por mim. Após o final do espectáculo eu pensava que tudo aquilo era um eufemismo para ajudar a ultrapassar o luto da morte de um filho. Mas não, aquilo era uma metáfora sobre o crescimento dos filhos e o sair debaixo das asas dos pais e voar por essa vida fora. Estranhamente não creio que miúdos de seis anos para cima consigam ter o bom-senso de entender a mensagem.
Mas foi um espectáculo bonito, fofo como diz o T., e eu até gostei de ir ao teatro antes da minha aula das 17.30. Se todos os dias fossem assim, talvez eu andasse mais contente que o costume.
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