quarta-feira, 18 de novembro de 2009

.medos.

Ontem deitei-me muito adolescente depois de ter visto videoclips variados dos Five e dos Westlife. Depois de tarde, tinha ainda uma espécie de adolescente dentro de mim e então, quando vi uma notícia no jornal do Sérgio Conceição, o meu coração bateu mais forte.
Ok, isto é uma coisa muito parva de tornar pública, mas foi mesmo isso que senti. O problema vem agora: um segundo após esse bater eu apercebi-me que já não era mais a mesma Catarina com 11 anos, que via os jogos da selecção com fervor, que foi ao antigo estádio das Antas gritar contra o Brasil.
Não.
E hoje apercebi-me que estou a dois passos de me tornar mesmo mulher e de levar com tudo isso que essa 'condição' advém, porque agora que quase nem tenho tempo para respirar apercebo-me que daqui por algum tempo eu vou fazer o que as pessoas fazem. Vou deixar de ter tardes livres para lanchar no Green Tea. Vou deixar de ter tardes para ir à Baixa. Vou passar a ter de combinar idas ao teatro antecipadamente. Vou ter que começar a marcar horas para estar com as minhas amigas.
Amigas. E o medo de as perder? Nem vos digo, nem vos conto.
Estava agora a ver o Being Erica e, incrivelmente, ela disse tudo: "crescer é doloroso, mudar é difícil (...)".
Eu acho que podia argumentar e dizer que é assustador.
E eu penso no que quero, no que sonho e no que faço. E o meu estômago embrulha com o medo de estar a viver muito superficialmente, enquanto o tempo me escorre pelos dedos.

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