domingo, 8 de novembro de 2009

Ensemble, c'est tout!(*)

Acabei de o ler hoje de madrugada.
Comprei-o no meu dia de aniversário como uma prenda de mim para mim, e um facto curioso, é que mais uma vez acordei num dia dessa semana a pensar neste livro. Decidi procurá-lo e quando o tive em mãos...não pensei duas vezes.
E todos os dias vim lendo um bocadinho. Primeiro eram apenas algumas páginas, e depois a adoração começou a crescer e tudo o que lia na noite anterior era, de certa forma, mastigado por mim ao longo do dia sempre que parava um bocadinho para pensar.
É um livro que nos desassossega, sossegando... Lentamente somos levados para a vida daquelas quatro pessoas que viram o seu mundo dar de uma volta de muitos graus, não do pé pra mão, mas a pouco e pouco. E isso é que me fascinou.
Ontem de manhã acordei com um estranho fel no âmago, parecia que nada me corria bem e que a minha disposição para sair de casa era pouca.
E quando ia a atravessar uma rua reparei que o meu problema era a mudança. Porque eu estou farta de mudar ou de me impingir o sonho de que é a mudança que me vai trazer uma nova vida.
E que tal deixasses de ser tão stressada, hein Catarina? E que tal deixasses de esperar por alguém que te virá tirar dessa espiral labiríntica de mudança-depressão-revolução?
Talvez conheças um Philibert que te salve dessa doença que te vai corrompendo e te extrai da vida. Que talvez de leve a um Franck que te faça ter uma nova perspectiva. E que, como tal, conheças uma Paulette que te faça dar valor ao mundo.
É assustador como me equiparei a Camille. Não pela sua história de vida. Não pelas suas escolhas. Mas sim pela falta da força de vontade. E eu gostava imenso de a recuperar como ela, tão indirectamente, o soube fazer.


"Além disso, as nossas certezas nunca se mantêm. Um dia deseja-se morrer e no dia seguinte percebe-se que bastava descer alguns degraus para encontrar o interruptor e ver mais claro..."

in (*)Enfim, juntos de Anna Gavalda

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