Meu querido MST,
Custou mais foi! Acabei hoje aquele teu romance tão falado, tão visto na televisão portuguesa, tão...eu não querida dizer chato, mas pronto, aborrecido.
Confesso que iniciei a minha leitura ainda dentro da euforia em que a série me tinha deixado, confiando que iria ficar presa no enredo logo nas primeiras páginas...
Quando isso não aconteceu e o livro me começou a aborrecer, a minha vontade para o ler começou logo a diminuir... As personagens não me cativavam, as descrições não me conquistavam e até andei numa fase em que só pensar no livro me deixava desgostosa.
Foi então que descobri na personagem do Senhor Governador Luís Bernardo Valença uma luzinha que me fez continuar a ler o livro, independentemente de já lhe conhecer o fim.
E não era uma imagem de um Filipe Duarte moreno, suado, de cigarrilha e voz grossa. [*suspiro*]
Era antes uma imagem de uma personagem de timbre forte, daquele tipo de personagens que nos faz ficar do lado delas... E porquê? Porque, surpresas das surpresas, descobri personagens que me fizeram criar um sentimento de raiva, quase ódio perante os mesmos.
Eu adoro quando isso acontece, porque é sinal que já estou envolvida na história. O mesmo aconteceu quando fui ver Platónov ou quando li Look Back in Anger, em que só me apetecia agarrar os protagonistas pelos colarinhos e dar-lhes uma lição.
Pronto, tanta coisa e acabei por ler o livro todo já devorando dois capítulos por noite no final.
Contudo, meu caro MST, isto não invalida a minha opinião: a de que Equador é, no fim, um livro dificil de se ler. Que tem de se ter paciência até esperar que a história se entranhe. Lembrando a velha máxima Pessoana : 'primeio estranha-se, depois entranha-se'! Acabando por nos servir muito melhor como literatura que na própria adaptação de televisão, apesar da série ter mantido partes exactamente iguais às do livro.
Custou mais foi! Acabei hoje aquele teu romance tão falado, tão visto na televisão portuguesa, tão...eu não querida dizer chato, mas pronto, aborrecido.
Confesso que iniciei a minha leitura ainda dentro da euforia em que a série me tinha deixado, confiando que iria ficar presa no enredo logo nas primeiras páginas...
Quando isso não aconteceu e o livro me começou a aborrecer, a minha vontade para o ler começou logo a diminuir... As personagens não me cativavam, as descrições não me conquistavam e até andei numa fase em que só pensar no livro me deixava desgostosa.
Foi então que descobri na personagem do Senhor Governador Luís Bernardo Valença uma luzinha que me fez continuar a ler o livro, independentemente de já lhe conhecer o fim.
E não era uma imagem de um Filipe Duarte moreno, suado, de cigarrilha e voz grossa. [*suspiro*]
Era antes uma imagem de uma personagem de timbre forte, daquele tipo de personagens que nos faz ficar do lado delas... E porquê? Porque, surpresas das surpresas, descobri personagens que me fizeram criar um sentimento de raiva, quase ódio perante os mesmos.
Eu adoro quando isso acontece, porque é sinal que já estou envolvida na história. O mesmo aconteceu quando fui ver Platónov ou quando li Look Back in Anger, em que só me apetecia agarrar os protagonistas pelos colarinhos e dar-lhes uma lição.
Pronto, tanta coisa e acabei por ler o livro todo já devorando dois capítulos por noite no final.
Contudo, meu caro MST, isto não invalida a minha opinião: a de que Equador é, no fim, um livro dificil de se ler. Que tem de se ter paciência até esperar que a história se entranhe. Lembrando a velha máxima Pessoana : 'primeio estranha-se, depois entranha-se'! Acabando por nos servir muito melhor como literatura que na própria adaptação de televisão, apesar da série ter mantido partes exactamente iguais às do livro.
Agora já posso dizer que eu li o Equador do Miguel Sousa Tavares e que não gostei muito.
1 comentário:
ai aquela novela era baseada no livro? ah bom lol.
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