Carta de Reinvidicação

Querido Destino,

Olá!
Então como estás? Bonzinho? Satisfeito com a maneira em que a minha vida está?
Escrevo esta carta para te dizer que estou muito, mas muito aborrecida contigo.
Primeiro, como é que tu foste capaz de me enfiar no maior turbilhão mágico há um ano atrás? Não digo que não tenha gostado, porque até gostei e ainda gosto bastante, mas às vezes é assim um bocado complicado pensar nisto. Tanto que até às vezes me pergunto porque é que isto ainda dura, como é que eu vim cá parar e como é que eu sou incapaz de esquecer.
Pois é, meu caro, é inesquecível não é?
Tu, cá para mim, já o devias ter debaixo de olho e então escolheste-me a mim, pessoa com uma vida nada apimentada para arcar com esta platonicidade toda que aquela pessoa traz e que eu tanto gosto.
Segundo, como é que tu és capaz de me pôr à frente todos os *santinhos* possíveis e imaginários e eu com ele nunca me cruzo? Hum hum?
E por falar em encontros de 3º grau, explica-me como é que hoje me pões à frente não só a minha primeira paixoneta e, estando eu num estado nada apropriado para ver essas pessoas, e no momento seguinte me fazes encontrar um dos rapazes cuja paixão por ele foi das mais sofridas?
Eu juro que não percebo a tua lógica.
Eu adoro a minha vida, não há nada que eu queira que mudes nem que imponhas já.
Eu só queria tentar perceber, a sério que sim, é que ultimamente as saudades têm andado a mastigar-me a alma, o coração e a memória.
De maneira que isto por aqui anda complicadito.

Vá,

As melhoras.

Cathy Oh