domingo, 1 de fevereiro de 2009

E mais um filme para pensar:

The Curious Case of Benjamin Button




Vou chocar-vos:

Não, eu não amei o filme.

Não, eu não chorei.

Não, não me senti ali dentro da tela.



Explicação plausível:


Depois de uma dia um bocado de caca fui ao cinema, pensando eu, que iria desanuviar. E desanuviei, durante a duração do filme.


Opinião de pessoa normal volvidas 7 horas após a visualização do filme:

[NÃO, NÃO CONTÉM SPOILERS, MAS SE VIU O FILME VAI ENTENDER PERFEITAMENTE O QUE EU SENTI .]
Gostei bastante do filme.
O que me fez mais confusão foi ouvir/ler várias pessoas a dizer que tinham chorado com o filme e, de facto, apenas me ter emocionado com algumas partes.

É um plot que me revolveu por completo, nunca na minha vida tinha imaginado assim uma vida: todos nós passamos o tempo a dizer ou que queremos crescer depressa ou que queremos rejuvenescer e nunca ninguém pensou nas consequências.
Nunca ninguém pensou que viver ao contrário do tempo "normal" pode ser tão doloroso quanto a vida de Benjamin o é.

Não pode envelhecer junto de quem ama e não teve direito a uma infância normal como qualquer criança.
Uma das particularidades que mais gostei foi aquele 'à vontade' com a morte, que sempre significou e significa um assunto tabu para algumas pessoas. Benjamin sempre lidou de perto com a perda e com a velhice, mas parecia estar no seu habitat natural, que não o era.
Contudo talvez o ter aprendido a saber lidar com a perda, que tantas vezes é referida no filme, o tenha treinado para o que viria a ser o futuro, ou talvez não, visto que quando ele morre não sabemos se ele tem noção do que viveu.

Outra acontecimento que gostei foi daquele
querer viver que Benjamin tinha perante a vida - aquele querer fazer tudo, porque pode e porque quer; aquele ver particular sobre as relações; aquele seu 'primeiro amor' que sempre permaneceu vivo.
Descobri o que me ficou no âmago e me fez pensar que um filme era um bocado 'pão sem sal': a narração.
A forma de como Daisy está e que se opõe cruelmente à forma de como Benjamin termina. Mexeu comigo e com as minhas defesas.
Talvez tenha levado o filme a peito.
Talvez não.

Fica a certeza que tenho de o rever, mas sentido-me melhor e com capacidade de interpretar e absorver o que me escapou.
Talvez mude de opinião. (é que eu passei de gostar para adorar enquanto escrevia este post.)
Ou talvez entenda que o filme é, de facto, grandioso e faz referência a uma perspectiva de vida que nunca concebi.




Para já fica a certeza:


You never know what's comin' for ya.

(e por isso mesmo:)



Goodnight Benjamin.

3 comentários:

Castiel disse...

O filme derrubou as paredes todas de defesa que eu tinha naquelas 3h, senti-me demasiado nua quando o vi e isso.... ficou-me entalado.

:`)

Lullaby disse...

eu tb nao chorei :p
mas adorei o filme. simplicidade complexa, por assim dizer.

goodnight kiki*

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.