Como não ter tomates e mesmo assim sentir impotência

Pois é, amiguinhos, hoje o dia tinha tudo para correr bem, quer dizer, fora a 'chuvinha' que quando queremos sair há-de sempre enfeitar os céus.

Hoje, em conjunto com mais 9 amiguinhos, fui rever o meu [querido] Mercador de Veneza!
Até o raio do morcego que não costuma dar (private joke) andava para lá a abanar as asinhas do seu casaquinho preto e fofo...

A peça continua a fulminar-me completamente. Dei por mim com dores de pescoço de tanto me fixar nos detalhes de toda a encenação, de toda a actuação dos actores... E acabo sempre, não por ter as mesmas ideias, mas por ter a oportunidade de as melhorar. Há sempre algo a acrescentar, sempre algo que me continua a prender, sempre algo novo que me arranca qualquer pensamento.

E os olhos continuam a brilhar e o sorriso a perdurar até bem depois da peça.

Hum?! Ah pois...é um título áspero este para um post que se refere a uma das melhores peças que já vi. É um titulo que nada tem a haver comigo, mas que tem tudo a haver com o final do meu dia.

Eu sou capaz de puder ter o maior dos meus sonhos bem à minha frente e mesmo assim não conseguir abrir a boca e proferir qualquer coisa.

[alguns que me podiam ter dado jeito.]

Arreliou-me para o resto da noite.
É que depois de uma noite de sábado a ver o 'Serendipity' e acontecer-me semelhante tem muito que se lhe diga.



Passando à frente: em Fevereiro lá estou de novo, prontinha para rever 'O Café' de Fassbinder! Aliás, é [re]ver, porque da primeira vez dei por mim frente a um ser que foi capaz de me arrancar algo que eu não sabia que possuía e, agora, preciso de ver tudo com outros olhos.

Olhos de quem já viu, quer ver e compreender toda a parte de algo que ainda reside algures...por aqui.