Desde que me conheço como pessoa que sempre me vi ao espelho como sendo mais cheiínha de que todos os outros. Na escola sofri de bullying sendo chamada pelos mais diversos nomes que possam imaginar, mas nunca chorei ou me escondi...porque sempre me aceitei como sendo assim.
Eu gosto do meu corpo.
O corpo é o que de mais sensual há no ser humano e eu acho que o corpo feminino é muito mais belo que o masculino. Tem mais formas, tem curvas, tem material suficiente para que uma pessoa se sinta bem com ela própria.
Não é que me sinta a rainha da cocada preta ou algo do género, vá, mas eu desde sempre ouvi que uma pessoa nunca se sente bem com aquilo que tem e eu, apologista do bom-humor como sou...desde sempre aceitei aquilo que Deus me deu.
O problema foi que cheguei a um ponto em que não posso forçar mais a corda. Não é que me sinta mal sendo gorda, ou forte ou whatever, mas chateia-me ver a cara da minha mãe sempre que entramos numa loja de roupa. Porque vamos demorar horas até encontrar algo que eu goste e me assente bem. Muitas vezes gosto de ir sozinha às compras, porque assim não mostro o meu lado frágil que muitas vezes se esconde muito bem cá dentro.
Tenho para mim que chegou a hora de pensar em mim em termos de saúde, isto é, posso continuar a ser cheiínha, mas um cheio saudável. Por isso tomei a decisão de deixar de comer tudo o que me fazia mal, mas comendo com moderação, claro.
Há pessoas que não sabem, mas eu já frequentei nutricionistas e tudo mais, mas acho que fiquei traumatizada. Até porque todas as nutricionistas que conheci eram muito assustadoras porque eram magrérrimas, com tudo encovado na face.
E desde dia 1 de Janeiro, dia em que esconjurei toda esta promessa de me sentir melhor, a verdade é que me sinto bem mais leve e não me tem custado tanto como eu pensei que custasse. A verdade é no mundo em que vivemos, o aspecto físico tem cada vez mais importância. Mas não é por isto que estou disposta a perder alguns kilos que tenho a mais, é mesmo por mim.
Porque eu gosto de mim, eu gosto de tratar de mim, porque (e já lá dizia o leite matinal): se eu não gostar de mim, quem gostará?
#post mais pessoal que alguma vez foi aqui colocado.
3 comentários:
Post muito bonito Kiki a sério. Às vezes gostava de me sentir como tu, sentir-me bem com o meu corpo, sentir-me bem comigo, mas isso não aconteça na maior parte das vezes. E eu admiro muito a forma bonita como vês as coisas, a forma como encaras a tua vida e como decides fazer coisas por ti, mesmo achando que estás perfeita da maneiras que estás. Porque sinceramente acho que toda a gente devia pensar como tu.
Eu tenho uma prima nutricionista e sim, ela é hiper magra com a cara encovada :p
Beijinho*
É como dizes: não custa tanto quanto parece. Às vezes deixamos de fazer certas coisas por medo (não estou a dizer que seja o teu caso, uma vez que te sentes com o teu corpo), e quando finalmente decidimos fazê-las descobrimos o quão parvas fomos em não agirmos antes. Sofrer por antecipação não resolve nada: há que dar o corpo ao manifesto!
Força!
; )
(E como diz o Dr.Oz (ou seria o Dr.Phil?) quando alguém se engana no caminho, apenas tem que fazer inversão de marcha. Por isso, se te deixares vencer por uma tentação ao longo do caminho, apenas tens que voltar aos eixos.)
Tudo o que eu tenho a dizer é: MINHA PRIMA, TU ÉS UMA MULHER LIIIIINDA ! E não me venham com histórias de kilinhos a mais ou a menos, definitivamente o encanto da pessoa não está aí. E tu (pelo menos a meu ver), és uma verdadeira Mulher, forte, que deixa uma marca em tudo o que toca e por onde passa, e quem se ficar por aquilo que os olhos vêem só pode ser alguém muito pequenino. O que interessa é realmente isso, que te sintas bem contigo, porque Linda tu ficas de qualquer maneira ! :D
Beijinhoos primaaa**
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