sábado, 4 de outubro de 2008

“To young to hold on and to old to just break free and run.” (*)

Divago pelas palavras soltas no ar, guiadas por um vento irrisório que muda de direcção conforme a sua vontade. O tempo passa com a lenta satifação de me ver sofrer em pequenos acordes de um som único e desconhecido.

Já não me interessam histórias passadas - os rios não voltam atrás no seu caudal - mas é tão difícil deixar que o tempo apague o que temos de mais imortal: a memória.

Memórias que guardei e me obrigam agora a instigar o meu lado bom que se perdeu na inércia de um sonho descontrolado que ganhou vida.

Sou vítima de mim mesma.


Prendi algo que deveria ser livre e após tanto tempo ainda não se soltou.


Porém,assim que a hora chegar e já não mais ninguém se preocupar, construirei uma nova face e guardarei um sorriso quebrado no silêncio de um abraço.


Mesmo sabendo que o tempo não espera por ninguém, deixarei parte de mim para trás e digo convicta que um dia o horizonte será apenas o meu limite.






(*) Jeff Buckley

3 comentários:

Voluptia disse...

Gostei imenso do blog,Dra Kiki!

Belas palavras!

Beijinho*

Joana. disse...

memórias...eternas vítimas de uma ambiguidade estranha.

e não deixa de ser engraçado, porque todos temos aqueles dias em que nos apetece embalar as memórias e ver a data de validade expirar em poucos segundos e, existem outros dias em que queremos fazer perdurar as memórias durante séculos.

ainda assim, blessed are the forgetful.

Jeff Buckley <3

um beijinho!*

Voluptia disse...

Ok,ok!
Eu sou uma caloira da Flup! Adicionei-te ontem no hi5!

Vi o endereço do blog e vim espreitar!

Os girassóis são também as minhas flores preferidas...!