quando o dia AMANHECE(R) é só para mim

Ontem de manhã ia uma Catarina quase desfeita no autocarro: o olho direito lacrimejante, o nariz quase entupido e garganta inchada. Nisto e metida num autocarro cujo condutor não sabia, certamente, o significado das palavras 'travar com cuidado', recebe uma mensagem da Bertrand avisando que o artigo que reservou estava pronto para a compra.
Como se ela não soubesse. Como se ela não tivesse ido para a cama em pulgas. Como se ela não tivesse contado dias e semanas para O dia 9 de Junho.

Saiu do autocarro e correu para a Bertrand.
Ok, não correu, mas acelerou o passo em busca da mina de ouro.
Lá dentro deu de caras com O livro. AQUELE que já esperava desde Fevereiro. O que lhe deu um trabalho danado para descobrir quando era editado cá neste cantinho à beira mar plantado.

Se fosse um boneco os transeuntes tinham-na visto a dar pulos de alegria, na verdade, ela sorria desvairada porque mal podia esperar para descobrir o que aquelas páginas tinham guardado para ela.

É. Desde o Harry Potter já nada fazia a Catarina vibrar como ela vibra a cada momento que vira a página e se derrete ou com o amor entre o Edward e a Bella, ou como cada vez mais se acha parecida com a Alice ou se enerva com.... Bem, outras coisas.

Podem-na achar patética, uma miúda que se encanta por histórias, podem-na até acusar de não ter vida pessoal, mas ela nem se importa.
No final é ela que se enriquece no matter what e ponto.



# Não sei o que me deu para escrever em terceira pessoa - deve ser o efeito de analgésicos ou dos anti-inflamatórios - mas diverti-me imenso a escrever este post. É parece que ando a treinar para começar um novo conto. :)