Estados de Espírito

Desde sexta-feira foram muitos os *estados de espírito* que experimentei.

Sexta e Sábado foram geridos por um nervosismo algo inquietante que me fazia ter os nervos à flor da pele - era a estreia da (A)tentados. Algo que já vínhamos a aguardar há já algum tempo, que tínhamos vindo a ensaiar para que nada corresse mal, tínhamos dado o nosso tempo, a nossa vida. A certeza de vencer estava ali em jogo.

Foram noites impecáveis. Sei que sou um fruto muito verde neste longa e velha árvore que é o teatro, mas sem dúvida que é um dos meus elementos.

Quanto a Domingo e hoje, fui invadida por uma espécie de preguiça que me condiciona as decisões.
Às vezes penso que perdi algum condimento que me apimentasse a vida, como se andasse perdida por este mundo, deslizando por entre ruas não me importando por que caminhos vou.
Depois... Há aqueles momentos que me fazem perder cabeça, que não percebo como é que aquilo é capaz de estar a acontecer naquele momento.
É que há realmente coisas capazes de nos por fora do nosso próprio ser, ainda para mais, quando são coisas pelas quais juramos que nunca mais iríamos passar. Que nunca mais iríamos ser pisados ou esquecidos.
E eu continuo a esquecer-me dessa promessa que fiz e perco-me muitas vezes em raivas muito mal condimentadas que me fazem perder as estribeiras e o bom senso.
Tenho para mim que ainda não habituei a minha garganta a engolir sapos. Eu bem sei que muitas vezes terei de o fazer, mas há sapos que me poderia impedir de engolir, mas eu devo gostar do sabor deles decerto.
Ou do amargo do sentimento de quando vejo que não me consigo impor na minha própria vida.

É um estado de espirito de merda este, bem sei.