[?] Kiki, Coração de Leão

Das poucas vezes que fico sem palavras hoje foi, definitivamente, um dia desses.
Foram lágrimas que se calaram na garganta, mas que inundaram o coração.
Foram memórias que me fizeram voltar atrás no tempo e repensar na ingenuidade e inocência que tanto possuía.
Foram olhares que tudo leram, que tudo disseram no silêncio esvoaçante do negro que nos conduziu pela chuva, pelo vento e pelos tímidos raios de sol que hoje espreitaram.

Este ano vacilei, mais que o ano passado, e hoje agradeci no meu íntimo a quem me guiou, a quem me deu a mão, a quem me deu lágrimas e abraços por não me ter deixado sair.
Que a Praxe tira muito e nos dá pouco, essa lição estava já sabida, mas não há palavras para o quão mágico o meu dia foi hoje.
Brilhos nos olhares, vontades indomáveis de querer ser, sorrisos com brio e gargalhadas porque no fundo, no fundo há um sabor doce que acompanha estes três anos de esforço, sacrifício, empenho e, acima de tudo, união.

Hoje apeteceu-me voltar ao inicio, mas ao contrário de anos anteriores, não queria reviver mas sim reavivar a memória. Consegui, finalmente, chegar à conclusão que se não fiz, foi porque não pude e não se pode fazer mais nada.
Cresci como pessoa e foi graças à Praxe que me tornei no ser que sou: pessoa que inventa grandes títulos para redacções; pessoa que tem um coração de leão e pessoa com adjectivos assaz queridos (desculpem, mas não consigo encontrar outra palavra!).

Estou exausta, admito-o.
Mas que ter uma capa traçada faça chuva, faça sol, a ver olhinhos brilhantes e a ouvir vozes mais velhas que fazem pulsar o sangue, é do melhor que a vida académica me trouxe.

Foi tudo mas ainda há-de vir mais, que eu sei.


Caríssimos, estamos a entrar na semana crítica, na semana da desidratação e eu creio que este ano... Este ano a minha [nossa] tão querida cidade do Porto ainda vai contar ainda mais lágrimas minhas. :')