Porque é que ando tão calada? Simples: porque se viesse cá desabafar e escrever sobre coisas recentes que visto, ouvido ou lido... Este blog encerrava e eu era apedrejada em praça pública.
Cheia de isto já, cheia deste mundo de putrefacção.
Purple Heart Sessions
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa tagarela. Falo, falo, falo, falo e nunca me canso. Aliás, quando aos domingos almoçamos todos na casa da minha avó e se eu estiver muito calada, a minha avó pergunta logo o que se passa comigo, se estou doente, porque estar calada não é mesmo a minha thing.
E ao olhar pra este blog entristece-me que ele esteja tão calado.
Mas, vá, férias são férias. Trabalho é trabalho. E saudades. E tenho tido muita coisa de ambos neste Verão.
Nem cheguei a postar aqui que duas peças minhas estiveram em encenação no HardClub aqui no Porto...! Como foi isso possível?
De maneiras que, como diz a minha avó, este Verão está a ser um misto de muitas coisas e estou a gostar muito, apesar de estar a estranhar a estranheza (hehehe) desta estação. E saudades, ultimamente deram-me umas saudades loucas, e eu não estou a perceber muito bem a natureza delas.
E ao olhar pra este blog entristece-me que ele esteja tão calado.
Mas, vá, férias são férias. Trabalho é trabalho. E saudades. E tenho tido muita coisa de ambos neste Verão.
Nem cheguei a postar aqui que duas peças minhas estiveram em encenação no HardClub aqui no Porto...! Como foi isso possível?
De maneiras que, como diz a minha avó, este Verão está a ser um misto de muitas coisas e estou a gostar muito, apesar de estar a estranhar a estranheza (hehehe) desta estação. E saudades, ultimamente deram-me umas saudades loucas, e eu não estou a perceber muito bem a natureza delas.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
das perspectivas, o regresso.
Amanhã faz dois meses que deixei de escrever aqui. Nem sei muito bem a que se deu a paragem, mas eu precisava de estar afastada do blog. Deixei de ler os blogues que seguia, deixei de cá vir, deixei de pensar nisto aqui abandonado. Até que ontem o Tiago falou-me no blog dele e eu senti saudades.
Li este blog de uma ponta à outra e as voltas que me deu à barriga...! Tanta coisa que se passou e eu deixei aqui uma marca para sempre me lembrar disso.
Em Abril não fazia ideia de que em finais de Junho me encontraria assim... Mas não vale a pena estar aqui a massacrar-me ou a pôr-vos a par do que se tem passado. Digamos que conheci novas pessoas que estavam mesmo debaixo do meu nariz e que me fizeram ter uma perspectiva diferente da vida que levava. É.
E até agora, fora umas coisinhas aqui e li, até que estou a gostar.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Desesperus.
Não, querido blog, não te abandonei. Ultimamente não tenho é tido paciência para cá vir, tento manter-me sempre a par do que se passa nos outros cantos da blogosfera, mas não tenho paciência para parar e escrever aqui o que se passa comigo. Não que se passe muita coisa, até porque falamos da minha vida, mas é isto. É.
Entre trabalho, praxe e leituras, leituras, leituras...eu desespero. Desespero porque já não sei como me sub-dividir. E emagreci 7kg.
Ontem vesti o meu traje e a minha saia quase que me caía pelas pernas abaixo. E, por falar em traje, o meu coração treme sempre que olha para o negro. Está a chegar a semana da minha paixão. A minha última semana como Doutora. E custa tanto, mas tanto, tentar enfiar isto no coração. E eu quero fazer tanto ainda, mas tanto. Quero dizer tanto, mas as palavras correm-me da boca.
E ainda tenho tanto por fazer...!
Pronto, querido blog, era só para te dizer que ainda estou viva.
domingo, 27 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
das últimas notícias.
Tenho pena, muita pena, que o mundo artístico tenha perdido o Artur Agostinho e a Elizabeth Taylor. Mas não tenha pena nenhuma dos idiotas que practicamente forçaram o governo a caír, porque muito que isto já estivesse mau... Agora ainda vai ficar pior. E as pessoas esquecem-se de que tudo cai em cima do povo e não se apercebem que aquilos que tanto criticam, não apresentam soluções.
Ridículo.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Mãe que é mãe, sabe sempre o que é certo.
A minha mãe bem que me avisou que sempre que faço coisas académicas acabo sempre doente. Ou a vomitar porque dormi mal, ou cansada e cheia de dores ou, pior, acabo constipadíssima. Ora desta vez calhou na fava a última hipótese. E é daquelas constipações razinzas que só me atacou a gargante, nariz e pulmões. Ele é nariz entupido, ele é dores de cabeça porque o nariz está entupido, dói-me o peito de tossir e só me apetece ficar na cama.
Ainda para mais hoje começou a Primavera e com ela vieram as alergias, as minhas amigas alergias que me afectam nesta altura e das quais não tinha saudades nenhumas.
Enfim.
Dia Mundial da Poesia
O rosto que ninguém vê
Minha beleza é mais dízivel
Nos segredos que prescruto
No mar que um búzio retém.
Vozes que só eu escuto
São a forma do meu corpo
Aqui absorto
Num sonho que depus além.
Natália Correia
terça-feira, 15 de março de 2011
O mundo é um palco...
...onde todos nós interpretamos uma personagem. Ou várias.
Há já algum tempo que não me tenho vindo a sentir bem comigo, como se não fosse eu própria, como se já não me conhecesse. Pensava que estava a apenas a ser parva, que este nervoso miudinho que às vezes me ataca é apenas uma parvoíce, porque se eu quisesse, e fosse muito mais atinadinha...não tinha que lidar com estas merdas.
Descobri hoje, numa rápido brainstorming, qual é o meu problema. Para além de me deixar afectar pelo que os outros dizem ou pensam, a verdade é que eu levo a frase 'o mundo é um palco' muito a peito. Não que eu crie personagens, mas interpreto muitas Catarinas apenas para agradar a todos os que me rodeiam.
Mas e quando tudo o que faço, não vale nada? Mesmo que me esfole, mesmo que sofra comigo por ter amigos que não se dão entre eles, mesmo que consiga separar águas e consiga estar bem com todos... Muitas vezes percebo que todo este amor à camisola não vale a pena. Porque na hora de arranjar um bode expiatório é muito fácil apontar o dedo à pessoa mais frágil, aquela pessoa que sabemos que por muito que o coração esteja engasgado não o vai abrir.
Estou farta.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Semelhanças
Há já um tempo que ando para escrever isto aqui, mas ontem enquanto estava a ler a fotobiografia da Natália Correia reparei que sim, que eu não ando a sonhar.
Digam lá se não concordam comigo, mas a Sara Ramirez não é a cara chapada da Natália Correia quando esta era nova?
Sara Ramirez
Natália Correia
Casualidades Secretas
Vocês devem lembrar-se disto, disto, disto e disto. Passei um Verão inteiro a falar dos Mundo Secreto, os meus amigos já não me aturavam quando eu começava a cantar as músicas que tinha ouvia e estava a decorar, com a promessa de as saber decor se um dia fosse a um concerto deles.
Passou-se o Verão, mas as músicas continuavam a tocar no meu mp3.
Não é mentira nenhuma se vos disser que quando ouvia as músicas pensava que um dia , qual infanta perdida, iria conhecer o Chico. Deixai-me ter estas fantasias, sim?
Bom, em Dezembro do ano passado a C. disse-me que os Mundo Secreto iam tocar em Ovar por altura do Carnaval. Obviamente que lhe disse prontamente que o Carnaval de 2011 ( coisa que até nem gosto muito) iria ser passado em Ovar. Nem era muito por ver os Mundo Secreto, mas sim porque queria, mais uma vez, estar com eles. E conhecer o Chico. (eu tenho um pequeno problema que é quando meto uma coisa na cabeça, tal como conhecer alguém de quem admiro o seu trabalho, tenho de o conhecer. Nem que seja dizer 'olá'.)
Chegou então o tão aclamado domingo de Carnaval. Quando estava a chegar a Ovar no meu mp3 tocaram, seguidas, duas músicas dos MDS, por puro acaso. Pensei eu que fosse um sinal.
Depois do jantar dirigimo-nos ao recinto e lá estivemos à espera de que o concerto começasse... Qual não é o meu espanto quando os vejo entrar em palco de Mc's só estão três.
Sim, o Chico não estava lá.
Porque sim, o Chico saiu da banda e eu nem sabia!
Primeiro isto faz de mim uma péssima fã, mas também não era assim uma paixão acérrima, vá. E depois deu-me vontade de gritar para com as partidas que o meu destino me prega. Então agora que eu já estava toda contente em saber que ia poder ver so Mundo Secreto e quiçá conhecer, finalmente, a minha panca do Verão... Ele sai do grupo??!
Vá lá que, ao menos, os restantes membros são super simpáticos e ainda fiquei com uma boa recordação do momento.
Mas o Chico, a minha panca por ele, ainda me está aqui entalada. E só a mim é que isto me acontece.
sábado, 5 de março de 2011
Diários de uma rapariga num ginásio I
Depois de me ter na nutrição, na hidroginástica e depois de ter perdido o nutricionista, decidi enfiar-me num ginásio.
Uma pessoa quando pensa 'ah e tal vou pro ginásio'...não percebe que pensar que se vai para um ginásio é muito mais fácil do que ir para lá mesmo.
Normalmente as pessoas também levam um amigo, mas eu, pessoa que é capaz de ser a pessoa mais envergonhada do mundo quando está sozinha e num sítio que não conhece...decidiu ir sozinha.
É.
Então hoje lá fui eu, toda contente, até tinha comprado sapatilhas de desporto que não tinha e um casaco todo fofo. Mal cheguei vi uma dezena de homens todos musculados metidos naquelas máquinas medonhas. Juro que parecia que estava no Prison Break. E ficou tudo a olhar para mim quando me mexi mais um bocadinho e fiquei no meio do ginásio. Toda a gente a olhar para mim, eu ali à procura do instrutor e não via ninguém, decidi ir tirar o casaco ao balneário e, pumbas, estraguei o fecho do casaco.
Mais tarde voltei e, decidida, ia meter-me nas bicicletas, pedi ajuda a uma senhora que já me tinha visto e que disse que sabia o que era estar 'naquela situação'. Okaaaaay.
Nisto estou eu a colocar o pé no pedal e aparece o instrutor. [hum hum.]
RODA VIVA.
Ele foi fazer avaliação, ele foi ir pra bicicleta, ele foi máquinas hidráulicas, passadeira, elíptica, abdominais (eeerrrr.), máquinas de novo. Ai, só sei que pinguei suor e agora estou aqui toda partida.
Mas estava a precisar mesmo de uma novidade na minha vida. Até nem foi mau de todo, estava à espera de uma qualquer estupidez minha que sou bem totó para fazer isso. E ir para um ginásio até compensa mais, posso fazer mais, mais aulas e tudo, e não tenho de estar presa à hidroginástica. E tem uma óptima música ambiente.
Está a ganhar pontos.
quarta-feira, 2 de março de 2011
buraco.
Estou a ouvir Blue em repeat e não me canso. E sei as letras todas de cor, inclusive, do primeiro cd.
Estou contente porque, ao menos, tenho uma paixão no coração que ficou para sempre. Já me estava com a possibilidade de ter apenas aqui um buraco. Do lado esquerdo.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
DWW!
Isto de andar a passar mais tempo noutros territórios da net leva-nos a descobrir novos vícios.
Só ouço isto desde que a semana começou (com, claro, intervalos para ouvir Adele e a recente banda sonora de Glee).
Só ouço isto desde que a semana começou (com, claro, intervalos para ouvir Adele e a recente banda sonora de Glee).
sábado, 26 de fevereiro de 2011
estou a ganhar brancas porque a ruindade da semana assentou agora.
uma coisa é dizer que não se pode porque há trabalho. outra coisa é perceber e ficar-se feliz por isso.
uma coisa é ter a mania que se sabe. outra coisa é saber que se tem a mania, mas agir nos conformes.
uma coisa é estar só porque se quer. outra coisa é estar só porque se quer e queixar-se de estar só.
uma coisa é querer ser diferente. outra coisa é querer e não conseguir.
uma coisa é uma coisa. nunca pode ser as duas.
uma coisa é ter a mania que se sabe. outra coisa é saber que se tem a mania, mas agir nos conformes.
uma coisa é estar só porque se quer. outra coisa é estar só porque se quer e queixar-se de estar só.
uma coisa é querer ser diferente. outra coisa é querer e não conseguir.
uma coisa é uma coisa. nunca pode ser as duas.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
um comprimido pras emoções.
Era tão bom, mas tão bom, que o ser humano pudesse ter um botão on/off que desse para ligar e desligar em certos momentos e/ou fazer reset ou fechar sem guardar os últimos dados adquiridos.
Poupava muita energia que é gasta a pensar e a repensar na causa das coisas e porque é que elas aconteceram... E acima de tudo, não nos gastava o coração.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
do aceitar ser totó sem levantar questões.
às vezes penso porque raio é que me dou ao trabalho. a sério.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
de como há poemas que são a nossa cara.
Conversando a sós contigo,
Desfruto o prazer imenso
De não pensar no que digo
E de dizer o que penso.
E mais uma vez
Afirmo
Sem receio de seja desmentido:
- A maior felicidade
É ser-se compreendido.
António Botto
E acordar de manhã com poemas que falam a nossa vida por sms é, sem dúvida, motivo de felicidade.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
E vão três!
Quando comecei este blog, há três longos anos, nunca pensei que fosse durar tanto tempo. E embora agora pouca seja a vontade de vir aqui escrever porque, simplesmente, não tenho nada de novo para contar ou escrever sobre...este meu espaço é muito especial. Ao olhar para trás, ao ler os 730 posts que já postei aqui, consigo perfeitamente perceber cada momento da minha vida, e mesmo que eu não queira estas minhas reflexões ao luar acabaram por ser o meu diário.
Parabéns!
E espero, no meio de toda esta pseudo-depressão-preguicite-aguda que me afecta nos último tempos, reconquistar um novo ritmo, ganhar fôlego e conseguir escrever de novo com vontade e paixão.
E obrigado a vocês que me lêem e que me seguem! :D
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
dos mantras.
e tu pensas e tentas que este seja o teu mantra: não me interessa.
mas, caramba, mói sempre. nem que seja da duração de um beliscão.
Ali.
sábado, 29 de janeiro de 2011
das coisas parvas deste mundo.
Nós queixamo-nos do nosso país, do estado em que as coisas estão, da falta de oportunidades. Depois das queixas, pouco ou nada muda. Porquê? Muitas vezes tem de partir de nós, temos de acreditar em nós para mudarmos o que não gostamos. O pior é quando o problema vem mesmo de cima, quando são os grandalhões que se esquecem das pessoas de valor, com todas as capacidades possíveis para interpretar um trabalho e são rejeitados.
E escrevo eu isto porquê? Porque hoje a minha mãe chegou à minha beira com a Maria na mão a falar sobre o que andam a fazer os ex-concorrentes da Casa dos Segredos. E quase todos eles estão, neste momento, a tirar cursos de interpretação ou a ensaiar para entrar numa peça! Mas estas pessoas estão tapadas ou quê? Será que elas pensam mesmo que elas chegam a algum lado só por terem a merda de um mero curso de interpretação tirado quase em cima do joelho e lhes basta isso para se poderem proclamar 'actores'?? E os actores, aqueles que estudaram durante três ou mais anos e que agora estão no desemprego? Hum? Ninguém lhes quer oferecer um papel de mão beijada, já agora?
É por isto que este país está como está. Pessoas que estão cegas com a fama, que bastou participarem num programazinho (e, contra mim falo, porque eu perdia tempo a ver aquilo. é verdade.) e, de repente, dizem todas que desde pequeninos queriam ser actores? Então se era desde meninos porque é que não estudaram para isso? Pensavam que não ia dar dinheiro, não era? E agora dá porquê? Porque são conhecidos?! Minha gente, vocês vão ser esquecidos, podem ter esta oportunidade de ouro, mas não vai ser nada deste mundo.
É por estas e por outras que quando digo aos meus pais que quero seguir teatro levo sempre com o sermão de que isso não vai dar nada. E eu vou lhes mostrar como, para mim, vai dar. Nem que tenha de percorrer muita estrada poeirenta enquanto uns sabujos quaisquer têm as coisas de mão beijada.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
vira o disco e toca o mesmo.
Ontem deitei-me a pensar no post da Lua Escondida, em como afinal não sou a única pessoa do mundo a sentir-me assim. E hoje, sem querer, a almoçar com a C. acabamos por falar do mesmo assunto.
Não é que me sinta desesperadamente só, mas às vezes sinto falta de poder ter um 'colinho' que não seja o dos amigos ou da mãe.
E depois penso que tenho 22 anos, ainda muita vida pela frente e ainda tanto para descobrir. Mas há sempre aquele senão, aquele 'e se neste mundo não há ninguém para mim?' e penso em coisas que não devia.
Volto atrás nos meus pensamentos, lembro como há umas semanas atrás o meu coração batia descompassadamente e eu estava, realmente, feliz.
Não é que o sentimento já se tenha desvanecido...mas é assim um outro sabor que nos traga o paladar.
E sempre que penso que devia era aproveitar o meu tempo, pensar em mim, pensar que talvez para alguns eu não exista....há heróis que aparecem e isso trilha-me o coração.
domingo, 23 de janeiro de 2011
do sufrágio.
Hoje foi dia de eleições, tema mais que falado nesta blogosfera e por todos os telejornais da televisão portuguesa.
Eu fiz parte das mesas de voto, como já faço há algum tempo, é um trabalho algo cansativo mas dá gosto fazê-lo porque, quanto mais não seja, estou a trabalhar pelo meu país. Em algo que muitos dos meus antepassados lutaram por ter: direito ao voto.
Isto sim, é toda uma ideia bonita da coisa, não fossem os números horríveis que tivemos nestas eleições. Ainda fiquei numa sala que foi uma correria imparável durante todo o dia, isto porque na sala onde estava correspondia, mais ou menos, à faixa etária de 45 a 65 anos. E deu-me orgulho imenso ver pessoas já mais idosas irem votar, apesar de terem dificuldades motoras, porque têm orgulho de ter poder de voto. Poder de voz. E desiludi-me ao ver que a sala que correspondia à minha faixa etária teve pouca afluência. Acredito piamente, e contra mim falo, que os jovens de hoje em dia não conseguem apreciar aquilo que muitos lutaram e sofreram por ter. Queixam-se do país em que estão, das escolhas que têm de fazer porque não há saídas, mas quando lhes é dado a oportunidade de fazer alguma coisa contra isso, ignoram por completo.
Eu votei, cumpri o meu dever cívico, e agora sinto-me satisfeita por ter feito o trabalho que fiz. Levantei-me com as galinhas e cheguei a tarde e más horas, mas valeu a pena.
sábado, 22 de janeiro de 2011
1974
Nos finais de 2010 deixei de fazer as minhas recorrentes críticas sobre as peças de teatro que ia ver, e agora que penso nisso...não sei bem porque é que o deixei de fazer. E todo este impasse aconteceu quando vi o Sombras. Tenho uma professora que me disse, há uns tempos, que quando vê um espectáculo bom passa dias e dias,até semanas, a pensar no mesmo. A mim acontece-me exactamente o mesmo, mas se por um lado às vezes consigo expressar imediatamente a minha opinião, por outro lado, demoro tanto tempo que depois não vejo necessidade de o fazer. E depois do Sombras ainda veio O Jornada para a Noite, o Tu és o Deus que me Vê, produções das escolas de teatro, e acho que não me estou a esquecer de mais nenhuma...
Bom, ontem fui pela primeira vez ao teatro em 2011 e decidi inaugurar este ano com a apresentação do Teatro Meridional no TNSJ: 1974.
Ao contrário do Sombras, este espectáculo não pretende glorificar Portugal, mas criticar e pôr em questão muitas das decisões que foram tomadas desde a data que o intitula. O espectáculo abre com uma cena capaz de cortar a respiração a qualquer espectador envolvendo-o logo, e desde esse inicio que não nos conseguimos desligar por um único minuto que seja. A ausência de palavras deixa-nos confortáveis naquele silêncio cheio de imagens que preenchem e constroem um óptimo espectáculo.
É um espectáculo extremamente completo, perfeito a nível de som e luz que se conjugam, com a prestação dos actores, numa perfeita tríade teatral que, acompanhada por uma crítica mordaz final, nos deixa extremamente satisfeitos com o produto final da peça.
Não deixa de ser um homenagem ao nosso país, mas creio que é aquele veio crítico que faz o espectador não só sentir, mas criticar, pensar e tentar compreender se tudo o que aconteceu, aconteceu de acordo com os que queriam fazer evoluir Portugal o desejavam.
E como disse alguém, no final, com a imagem que o espectáculo monta, apercebe-mo-nos desta crua realidade: a de que os portugueses e Portugal estão de costas voltadas.
Até Domingo no Teatro Nacional. É "assombroso de bom"!
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
posto isto, é assim que uma pessoa passa o tempo.
Já escrevi aqui que as quartas deixaram de ser os meus dias favoritos, pois, agora falta falar das segundas... Não é que desgoste, até porque são o ínicio da semana e nunca se sabe como a nossa semana pode terminar, mas são extremamente cansativos. Chego a casa a pensar em dormir, dormir e dormir.
Mas ontem, quando cheguei, eu queria era ler cusquices sobre os Globos de Ouro, ler as críticas aos vestidos e ouvir o cd da Adele que saiu pela madrugada de Domingo... Mas nada disso aconteceu porque fiquei sem net. Estragou-me logo a sessão que estava à minha espera...
Decidi ver o meu (e nosso) novo vício - Modern Family - para descomprimir e soube-me pela vida. Até me deu vontade de preparar umas coisas que estavam a necessitar de organização.
Depois de ter passado uma noite um pouco atribulada, com mais sonhos parvos e relacionados com o teatro, ia passar o dia de hoje a estudar com o T. e com o P. . Depois de ter ido ao meu sítio de sempre, um dos locais mais bonitos que existem no Porto, de me ter rido com o atraso do Tiago e de ter acabado a estudar com o P., de ter estado com pessoas que já não via há séculos, cheguei a casa e já vi os vestidos todos, já me ri com comentários e agora estou a ouvir o vozeirão da minha (e nossa) Adele e a pensar em como tanta coisa mudou nos meus entretantos.
E ainda estamos no 18º dia deste ano.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
it burns
Tenho para mim que o acto de constatar e dar o primeiro passo na decisão nos deixa o peito aberto. Ora deixar o peito aberto permite que qualquer um, ou aquela pessoa, tenho o poder de mais facilmente nos mexer com o coração. Seja parti-lo, retorcê-lo, mastigá-lo ou até provocar uma qualquer arritmia de cada vez que nos olha, sorri ou toca.
Para além de deixar o meu peito aberto quando dou o passo em frente, deixo também a minha alma e imaginação em aberto... Porém, ao contrário do que me acontecia anteriormente, em que por uma qualquer negação ou qualquer outra coisa, eu conseguia escrever rios e rios de tinta sobre sofrimento, desta vez o meu coração fecha-se perante uma qualquer tentativa.
Não consigo encontrar palavras que expliquem este paradoxo que me faz ficar parada no tempo, a recordar momentâneas instâncias de puro carinho e de como fazem arrepiar as veias do coração. É todo um mundo novo por explorar e desta vez vem acompanhado da voz da Adele, aquela que me canta o que vai no coração.
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